Sobre como colocar as pessoas no centro da estratégia de negócio
Foi emocionante ouvir Ed falar sobre a trajetória da Delta – a empresa passou por uma longa reestruturação após o 11 de Setembro, incluindo uma recuperação judicial
Foi emocionante ouvir Ed falar sobre a trajetória da Delta – a empresa passou por uma longa reestruturação após o 11 de Setembro, incluindo uma recuperação judicial
11 de março de 2024 - 9h46
Curadoria de conteúdo no SxSW é coisa séria. Inúmeras palestras, ativações e eventos competindo pelo tempo e atenção das pessoas. Mas quando apareceu a oportunidade de ouvir o chef espanhol José Andrés, no painel “People First, Always: How to Put Values at the Heart of Your Business”, não pensei duas vezes.
José Andrés é o fundador do World Central Kitchen, organização que leva comida para pessoas em situações emergenciais. Chef Andrés disse que quando se tem um incêndio, os bombeiros são chamados, quando se tem um acidente, chamam-se os médicos, mas que ninguém pensa em chamar chefs ou cozinheiros para acabar com a fome. E é com isso que ele tem se engajado desde o desastre do Haiti, in 2010.
O Chef espanhol se juntou ao CEO da Delta, Ed Bastian, para discutir como marcas podem fazer a diferença no mundo. Eles explicaram o ciclo positivo de colocar as pessoas no centro de tudo: se a empresa cuida das suas pessoas, elas cuidarão dos seus clientes, que em troca trarão mais resultados para que a empresa cuide de seus acionistas. Parece lógico e simples, mas não é. Principalmente em situações difíceis.
Foi emocionante ouvir Ed falar sobre a trajetória da Delta – a empresa passou por uma longa reestruturação após o 11 de Setembro, incluindo uma recuperação judicial. E quando estava finalmente celebrando seu turnaround veio a pandemia. Mesmo nesse contexto, a Delta não desligou nenhum funcionário. Em um esforço coletivo, colocou mais de 20 mil pessoas de licença e saiu da pandemia mais fortalecida, reconhecida como a companhia aérea mais premiada do mundo.
Ontem escrevi sobre o estado constante de angústia e FUD (fear, uncertainty and doubt) que esse superciclo de mudanças tecnológicas nos trás, e sobre como temos mais controle sobre essa mudança do que imaginamos. O Chef ée Ed Bastian nos dão bons exemplos do como exercer esse controle.
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