SXSW chega à Europa com foco em arte e cultura
Brasil já soma quinta maior delegação internacional da edição londrina do festival, que espera movimentar £75 milhões
Brasil já soma quinta maior delegação internacional da edição londrina do festival, que espera movimentar £75 milhões
Taís Farias
2 de junho de 2025 - 7h57
Começa nesta segunda-feira, 2, a primeira edição do South by Southwest Londres. O evento, que segue até o sábado, 7, é a primeira investida do festival no mercado europeu e mantém a proposta de combinar cinema, música e conteúdo sobre inovação e comportamento.
LONDRES, INGLATERRA – JUNHO 02: Visão geral da fila no primeiro dia de SXSW Londres 2025, em 2 de junho (Crédito: Stuart C. Wilson/Getty Images for SXSW London)
A chegada do SXSW a Londres é parte de um movimento de globalização do festival que teve início em 2023, quando o evento ganhou sua primeira edição fora de Austin. A cidade escolhida para sediar a empreitada internacional do South by foi Sydney, na Austrália. No primeiro ano, o evento reuniu 287 mil visitantes e ganhou uma segunda edição em 2024.
Para Londres, a expectativa da organização é atrair 20 mil participantes e gerar mais de £75 milhões para a economia. Em entrevista ao Financial Times, em fevereiro, a diretora de programação da versão londrina do festival, Katy Arnander, afirmou que o evento já somava participantes de mais de 600 empresas, de 36 países.
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A região escolhida para receber o evento foi o bairro de Shoreditch, conhecido pelo seu perfil artístico e descrito pela organização como o coração da indústria criativa do leste de Londres. As sessões, tanto da conferência quanto dos festivais de música e cinema, vão ocupar galerias, clubes e espaços comunitários do bairro. Confira detalhes sobre a programação.
Além das discussões sobre tecnologia e comportamento já tradicionais, a edição londrina promete um foco particular na programação de arte e cultura e quer atrair o setor criativo de toda a Europa. Essa abordagem é encarada como um fator de distinção entre o SXSW Londres e os seus pares em Austin e Sydney.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, em março, quando ainda respondia como presidente e chief programming officer do South by Southwest, Hugh Forrest falou sobre a investida em outros mercados. “Para Sydney e Londres terem sucesso, esses dois eventos não podem ser uma duplicação do que fazemos em Austin. Em vez disso, esses dois eventos precisam enfatizar os aspectos da criatividade que são únicos para suas comunidades locais”, defendeu.
Com a adição de Londres, o South by Southwest consolida um calendário que passa por três continentes em momentos diferentes do ano: Austin, no Texas, em março; Londres, na Inglaterra, em junho; e Sydney, na Austrália, em outubro.
A comunidade brasileira já representa a quinta maior delegação internacional no SXSW Londres, segundo a organização. Ao todo, mais de 130 representantes do País estão inscritos no festival. Além disso, uma empresa brasileira apresentará seu trabalho na EXPO 2025 do SXSW Londres, feira de inovações que acontece durante o festival.
Trata-se da Aioros Studios, empresa fundada em 2015 pelos sócios Rafael Araujo e Rafael Mendes, que desenvolve aplicativos e gamificação com recursos de realidade aumentada, virtual, animação 3D e inteligência artificial. Em 2022, a Neooh adquiriu 30% da operação da Aioros Studios.
O Brasil também estará representado no cinema com o longa “A Natureza das Coisas Invisíveis”, da diretora Rafaela Camelo, que aborda a amizade entre duas meninas de dez anos que se encontram em um hospital, e com o curta “Minha Mãe é Uma Vaca” de Moara Passoni, que conta a história de Mia que espera notícias do paradeiro de sua mãe e é deixada aos cuidados da tia na paisagem mítica do Pantanal.
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