30 Under 30 - 2013

Marcos Gomes

2013: Fundador da Boo-box
2021: Estrategista de dados na Palantir Technologies

Um computador montado pelos tios com peças usadas, uma conexão com a internet e muita curiosidade. Foram esses os ingredientes que fizeram Marco Gomes, então com 11 anos e morador da cidade-satélite de Gama, nos arredores de Brasília, encontrar sua profissão: programador. “Aos 12 anos, vendi meu primeiro projeto, um site. Naturalmente, me encaminhei para o curso de Computação da Universidade de Brasília (UnB)”, lembra. Logo, um estágio na AgenciaClick mostrou-lhe um nicho de mercado pouco explorado: percebeu que havia espaço para um modelo que melhorasse a venda de propaganda online. Era o fim de 2006 quando Marco publicou seu protótipo na internet. Semanas depois, apareceu no site TechCrunch (um dos canais de tecnologia mais conceituados do mundo) e despertou o interesse de investidores estrangeiros. “Foi a primeira vez que o Brasil foi citado no site”, diz. Marco tinha 20 anos, abandonou a faculdade e se mudou para o quarto de hóspedes de uma amiga em São Paulo. Nascia a Boo-box. Meses depois, um investimento de US$ 300 mil da Monashees Capital dava início às operações da empresa. Em 2010 foi a vez da Intel investir na Boo-box. No ano passado, a empresa foi considerada uma das 50 mais inovadoras do ano pela prestigiosa revista Fast Company. Hoje, Marco tem 26 anos e seu negócio conta com 50 funcionários, 1,5 mil clientes e audiência mensal de 50 milhões de pessoas no Brasil. Para ir ao trabalho, adotou a bicicleta como forma de driblar o trânsito paulistano: percorre 12 quilômetros por dia sobre duas rodas. Seu hobby é a fotografia analógica — aquela com filme. “Fotografo situações de risco, como a Cracolândia e favelas pelo Brasil. É um ambiente em que encontro a mensagem com mais facilidade. Como cresci num lugar pobre, tenho certa intimidade com essa situação”, explica.

(texto e foto publicados originalmente na edição de Meio & Mensagem de 15 de abril de 2013)

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