Agências independentes esperam 2015 difícil

Meio & Mensagem
14 de janeiro de 2015 - 10h27

 A rede de agências independentes Worldwide Partners (WPI) fez um levantamento junto a 38 de suas associadas e conseguiu um extrato dos humores do mercado para 2015. Para 82% dos entrevistados, os investimentos dos clientes serão os mesmos ou menores do que em 2014. A mesma pesquisa foi feita no ano passado, quando apenas 48% tinham a mesma percepção negativa.

A WPI perguntou também como elas analisavam as condições de negócios para 2015, e 73% acham que serão idênticas ou piores. Em relação a seus próprios negócios, 50% das agências creem que as receitas vão melhorar em 2015, em comparação com 63% que pensavam o mesmo em 2014; e 53% acreditam que os lucros serão os mesmos ou piores neste ano, praticamente o mesmo posicionamento de 2014 (54%).

“A expectativa é que 2015 seja um ano em que a receita e o lucro das agências sejam baixos e a atividade de novos negócios seja alta, enquanto que as expectativas dos clientes a respeito do clima empresarial como um todo, bem como suas despesas com anúncios, sejam menores”, conclui a WPI.

Os participantes da pesquisa indicam que as melhores oportunidades para 2015 estão no avanço da oferta de serviços como um todo – principalmente no segmento de digital – e na manutenção de clientes vigentes, aliada à atração de novos clientes que investem mais em novos negócios.

De acordo com Fernando Guntovitch – chairmain da WPI e presidente da The Group, “conforme a comunicação para negócios se torna mais automatizada em termos de dados e conteúdo entregue, as agências têm a oportunidade de explorar mais possibilidades de trabalho com seus clientes, já que estão munidas de mais táticas e informações”, diz.

Regionalmente, América do Norte, América Latina e Ásia-Pacifico seguem as tendências globais em geral. Entretanto, Europa, Oriente Médio e Ásia estão bem mais otimistas. Neste bloco, os índices de receita das agências, lucratividade, novos negócios, gastos dos clientes e clima estão nivelados entre 72% e 91%. Para essas regiões, os resultados antecipados para 2015 são melhores em comparação com 2014.