Cannes convoca mais mulheres este ano
CEO do festival, Philip Thomas, diz que festival terá reforço feminino e de novos países nos júris
CEO do festival, Philip Thomas, diz que festival terá reforço feminino e de novos países nos júris
Meio & Mensagem
11 de junho de 2014 - 10h06
De Emma Hall, do Advertising Age (*)
O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions nomeou 327 membros para o júri de 2014, oito a mais que no ano passado, sem contar com os 24 juízes para o novo evento Lions Health, que acontece dois dias antes do evento principal. Mas, apesar do número crescente, ainda é difícil de conseguir uma cadeira no júri.
Philip Thomas, CEO do Cannes Lions tem um trabalho de equilíbrio delicado a cada ano para se certificar de que todas as holdings, redes e agências são devidamente representadas. Este ano, ele também está priorizando a inclusão de mais mulheres e novos países ao júri. Para complicar esse processo, há o pré-requisito de que os candidatos ao júri devem ser vencedores de Leões, medida para incentivar os criativos a fazerem parte do festival.
Como Cannes decide quantos jurados são para cada país baseado em grande parte na quantidade de trabalhos enviados pelas agências do país, também existem os chamados jurados "wild card", que são escolhidos entre os países com menos candidatos. Para ampliar a distribuição geográfica dos jurados, o número de “wild cards” foi aumentado de dois para três este ano, com a Guatemala, Uruguai e Hungria recebendo “slots”. Peru, “wild card” em 2013, enviou mais peças do que no passado, portanto, conquistou seu lugar no júri.
Quatro mulheres são presidentes de júri, de duas do ano passado, e uma mulher é presidente de um dos dois júris do novo festival Lions Health. Outros dados apontam que 27% de todo o júri são mulheres. "Alguns prêmios dividiram todos os júris em 50%-50%", disse Thomas. "Nós não aderimos a essa campanha, mas queríamos resolver a questão de que os cargos de criativos são dominados por homens, e tentar conseguir com que mais mulheres entrassem, porque se as mulheres veem mulheres como presidentes do júri, elas veem possibilidade".
Apesar das medidas de igualdade, ele acrescenta: "O mérito é a questão mais importante para nós – todos os nossos participantes esperam as melhores pessoas para julgar, não alguma cota”.
As presidentes do júri são Susan Bonds, co-fundadora e CEO da 42 Entreteniment, dos EUA (categoria Cyber); Susan Credle, diretora criativa da Leo Burnett EUA (categoria Promo and Activation); Renee Wilson, presidente norte-americana do Grupo MSL (PR); e Jaime Robinson, diretora executiva criativa, da Pereira & O’Dell EUA (categoria Mobile).
"Olhamos para as categorias em que as mulheres são bem-sucedidas. Por exemplo, Jaime Robinson venceu três Grand Prix no ano passado pelo “Beauty Inside”, da Intel. Ela tem toda a credibilidade e experiência necessárias", disse Thomas.
O aumento no número de jurados é em parte por causa da nova categoria (Product Design), mas também porque os números do júri giram em torno do número de inscrições.
Tradução: Amanda Boucault
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