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Comunicação

CEO do Omnicom comenta fusão com Publicis

John Wren afirma que não existem planos de fusão entre agências individuais


16 de outubro de 2013 - 9h28

Por Rupal Parekh, do Advertising Age (*)

Nesta terça-feira, o CEO do Omnicom, John Wren – enquanto falava com acionistas e analistas sobre os resultados da empresa para o terceiro trimestre – disse que a fusão com o Publicis Groupe deve ser fechada no início de 2014.

“Está indo bem”, afirmou Wren, notando que o processo de aprovação – no qual os reguladores de diferentes mercados estão examinando todas as questões antitruste – está acontecendo em mais de 40 países. Até agora, a Coréia do Sul e a África do Sul foram as únicas a aprovar o negócio. “Na medida em que eliminamos grandes obstáculos e passamos por isso, vamos informar o público”, disse o CEO.

“Há um processo de integração que [o CEO do Publicis Groupe, Maurice Levy], eu e também nossa equipe de gestão concordamos”, que é focado “na coisa mais sensível e rentável para se fazer como prioridade quando a fusão for aprovada”. Wren também conta que as duas empresas estão se preparando para um encontro ainda este mês, que vai discutir estes planos de integração (uma referência à notícia dada pelo AdAge de que um encontro secreto com os principais líderes do Publicis e Omnicom acontecerá no hotel Four Seasons em Miami).

Durante a conferência, Wren gastou um tempo considerável falando sobre os benefícios do Publicis Omnicom para os empregados, e um pouco menos sobre o impacto para os clientes. “Não existe nenhum grupo que pode oferecer melhores perspectivas de carreira”, afirmou, ressaltando que ao falar com alguns funcionários, descobriu que “existe um ar de excitação sobre a fusão e um claro senso da oportunidade que ela cria”.

Ainda assim, muitos funcionários devem temer por seus empregos após a fusão, já que acordos entre empresas semelhantes geralmente levam à eliminação de cargos redundantes. Os clientes também estão temerosos que decisões desse tipo podem atrapalhar seus negócios.

Para tentar aliviar os medos, Wren ressaltou que quando as duas empresas se fundirem, “vamos continuar entregando o trabalho e serviço que estamos acostumados”. E o mais surpreendente: “Não existem planos de fusão para agências individuais”. Ele enfatizou os benefícios de manter agências distintas no Publicis Groupe e Omnicom. “Ter uma agência com uma única cultura e identidade” é importante, afirmou. Em seguida, Wren sugeriu que a redução de custos e eficiências será derivada para custos imobiliários e custos terceirizados, como auditores.

É claro, dizer que “não existem planos” de fusão entre agências não necessariamente significa que não vai acontecer. É difícil imaginar que ao combinar duas corporações que possuem tipos de ativos semelhantes, a equipe de gestão não tentará encontrar sinergias e negócios aliados. Apesar do Publicis ser mais forte no digital e o Omnicom se destacar em CRM e relações públicas, ambos possuem uma série de redes criativas e agências de mídia que oferecem serviços semelhantes na mesma geografia.

A receita mundial do Omnicom no terceiro trimestre de 2013 aumentou 2,5%, subindo para 3.49 bilhões de dólares, em comparação com $3.4 bilhões no mesmo período do ano passado. A receita doméstica no trimestre também cresceu 3.2%, indo de 1.76 bilhões de dólares no ano passado para $1.82 bilhões. Para uma perspectiva de crescimento orgânico, os Estados Unidos e o Reino Unido foram fortes, mas a zona do euro ainda é um desafio, afirmou a empresa.

Também foi observado que foram levados 28 bilhões de dólares em pré-taxas fiscais, o que foi descrito como relacionado à proposta de fusão entre o Publicis Groupe, anunciado em julho, mas não foi dado nenhum outro detalhe.  

(*) Tradução: Aline Rocha 

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