Conar revê decisão e absolve a própria campanha
Em setembro, Conselho havia recomendado alteração nos filmes; agência e anunciante recorreram e reverteram a sentença
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BuscarEm setembro, Conselho havia recomendado alteração nos filmes; agência e anunciante recorreram e reverteram a sentença
Bárbara Sacchitiello
30 de novembro de 2017 - 8h12
Um dos casos mais inusitados do mercado publicitário neste ano teve mais uma reviravolta. Criticado pelo teor da campanha publicitária institucional que lançou em agosto, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), determinou, em setembro deste ano, que as peças da campanha (criada pela AlmapBBDO) fossem alteradas. Agora, em nova reunião do Conselho de Ética, o órgão voltou atrás e absolveu sua própria campanha de qualquer punição.
A nova decisão foi tomada após julgamento do recurso ordinário, realizada nesta-feira, 28. Em setembro, após a definição de que o Conar e a agência precisariam alterar a campanha, tanto o órgão como a AlmapBBDO não concordaram com a sentença e decidiram recorrer. De acordo com a defesa, a campanha “Acredite no Conar” visava esclarecer o público sobre a atuação do órgão e sua importância para proteger os consumidores de mensagens publicitárias de caráter ofensivo.
Desta vez, o conselho de ética – formado por profissionais do próprio mercado publicitário e, nesse caso, também por um membro da sociedade civil por se tratar de uma peça do próprio Conar – concordou com os argumentos da agência e do anunciante e decidiu arquivar o processo.
Publicada na TV e também nas mídias sociais, a campanha ressaltava que a principal função do Conar era diferenciar mensagens ofensivas de gostos pessoais e destacava que era impossível uma propaganda agradar a todos. Para exemplificar a ideia, o comercial era dividido em duas telas que mostravam situações diferentes, como uma mulher magra e uma outra gorda, pessoas negras e outras brancas e uma mesa com comidas saudáveis ao lado de outra, com refeições calóricas.Assim que o comercial foi ar, o Conar recebeu reclamações de pessoas que julgaram que a mensagem do Conselho desrespeitava às minorias e a diversidade. Essa foi a terceira vez que o Conar teve de julgar uma campanha criada pelo próprio órgão.
Apesar da absolvição no processo, a campanha já não vem sendo mais veiculada na mídia televisiva há algum tempo e os filmes não estão mais disponíveis nas redes sociais. O Conar não informou se irá retomar a veiculação.
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