Agências têm expectativa moderada para 2018, diz estudo

Teresa Levin
25 de outubro de 2018 - 10h36

O ano está perto do fim e a expectativa geral do mercado publicitário nacional é de que os resultados de 2018 empatem com o que foi visto em 2017, segundo levantamento da Federação Nacional de Agências de Propaganda (Fenapro). O estudo Visão e Ambiente de Negócios em Agências de Propaganda (Van Pro), realizado pela entidade trimestralmente, ouviu 165 agências de todo país e mostra que o mercado está aguardando o resultado das eleições.

 

“Ao se aproximar o final do ano, fica claro que o setor da propaganda entra num compasso de espera, na expectativa da atitude dos novos dirigentes governamentais que estão sendo definidos. Todos esperamos um 2019 melhor do que 2018”, disse Glaucio Binder, presidente da Fenapro, em comunicado. Os resultados obtidos nesta mostra foram coletados no início de outubro deste ano e refletem os ânimos de agências no terceiro trimestre, além das perspectivas para o último trimestre e o ano de 2018, como um todo.

Sobre os dados levantados, a soma dos percentuais das agências que declaram performance melhor ou igual permaneceu bem próxima ao semestre anterior: 71,1% acreditam que este trimestre foi melhor ou igual ao anterior. No estudo que levantou dados do 2^o trimestre, este número era de 74%. A região com melhor performance foi a do Nordeste, com 53,6% das agências declarando um trimestre melhor que o anterior, e a com a pior foi a Centro-Oeste, que registrou percentuais de “Pior” ou “Igual” superiores ao de “Melhor”. Nas outras regiões, a performance foi mais tímida, mas ainda preponderantemente melhor ou igual que o trimestre anterior.

Sobre o futuro, há expectativa de melhora em todas as regiões, com uma menor intensidade no Norte e Centro-Oeste. A região Nordeste mantém-se como a mais otimista, com 77,1% dos respondentes esperando um último trimestre melhor ou pelo menos igual. Os estados mais otimistas são a Bahia (87,5% prevendo um 4º trimestre melhor ou igual) e o Distrito Federal (71,4% prevendo um 4º trimestre melhor ou igual). Os mais pessimistas são o Pará (50% prevendo piora) e Rio Grande do Norte (40% prevendo piora).

Quanto ao resultado do ano, enquanto o percentual dos que tinham a expectativa por um ano melhor caiu de 51% para 36%, o dos que preveem um ano igual a 2017 subiu de 27% para 46%. Sobre Concorrências, o cenário se manteve praticamente inalterado com índices semelhantes aos do trimestre anterior: para 27,7% dos entrevistados, houve um aumento das concorrências, número que no 2^o trimestre foi de 31%. Analisando os diversos setores do mercado, o Van Pro mostrou que o setor de Serviços aparece como o mais relevante, seguido pelo setor público e o comércio.