Democracia Digital, KONY 2012 e o que as marcas têm a ver com isso ?
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Philippe Bertrand
29 de abril de 2012 - 10h37
Recentemente vi pela primeira vez Kony2012 . Mais do que a questão humanitária e todas as histórias tristes que o filme conta de Uganda, o que me emocionou foi a poderosa proposta oferecida a uma audiência na Internet. Uma proposta de participar da transformação de uma sociedade global, de criar sistemas alternativos de democracia digital, de exercer no mundo a opinião de uma maioria.
Kony 2012 é um super case de awareness. No entanto, sua falta de relevância na abordagem da questão de Uganda (as soluções simplistas propostas no filme), foram muito criticadas por entidades sérias. Entiddes que buscam soluções consistentes para um tema que ganhou visibilidade mundial. Talvez porque Kony2012 é mais do que um filme sobre Uganda. É um filme sobre nosso poder com a Internet.
Comportamentos em ferramentas de democracia digital:
A Internet tem revelado uma série de comportamentos muito interessantes que parecem contribuir para a criação desses canais alternativos de democracia não apenas de um ponto de vista sócio-político, mas também econômico, de conhecimento, qualidade de serviços e entretenimento.
– Share: conceito muito hippie que está derrubando modelos econômicos por fomentar a livre distribuição de conteúdo e democracia de conhecimento.
– Inovação econômica: Open Source, Crowdfunding, Micro-crédito, sites de “compartilhamento de videos” e até mesmo as compras coletivas são novos modelos econômicos que vêm movimentando de forma consistente um bocado de pessoas, de conhecimento e também de dinheiro.
– O julgamento das redes sociais: todos estão sujeitos a esse grande fórum digital que celebra ou destroi a imagem de pessoas, filmes, conteúdos, entidades, empresas, o que for.
– Intervenção sócio-política: Primavera Árabe, Wikileaks, ocupação de Wall Street, movimento M15, são exemplos recentes que mostram o impacto que uma comunidade pode exercer no mundo físico com a ajuda dos meios digitais.
E o que as marcas têm a ver com isso?
Em primeira instância esse novo cenário abre possibilidades para novos produtos, serviços, comunicação e distribuição configurados de forma integrada e baseados em princípios como share e inovação econômica.
Em segunda instância, muitas marcas hoje em dia têm em sua missão filosofias sociais e de sustentabilidade. Algumas marcas inclusive já convertem campanhas em ferramentas de transformar o mundo.
Para concluir deixo esse vídeo que está correndo o Facebook e uma reflexão: E se… as marcas usassem seu poder de comunicação e marketing para fortalecer comunidades de pessoas (que tb são consumidores) e ajudar o mundo a ser melhor?
Philippe Bertrand, diretor de conteúdo da DM9DDB
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