“Publicidade tem que voltar a atrair talentos”

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“Publicidade tem que voltar a atrair talentos”

Presidente da Loducca, Guga Ketzer fala sobre gestão colaborativa e busca por novos perfis de profissionais para as agências


8 de setembro de 2015 - 14h31

O gaúcho Guga Ketzer assumiu a presidência da Loducca em um processo de sucessão comandado por Celso Loducca – que deixa a agência ao final do ano. Ketzer é um dos publicitários que representa a nova geração de líderes no mercado de agências.

Em entrevista, ele revela sua posição sobre assuntos como fuga de talentos, gestão colaborativa e busca pelo entendimento de como o ser humano passou a se relacionar na era digital – e em quanto esses fenômenos implicam em mudanças no dia-a-dia de uma agência.

Meio&Mensagem – O mercado publicitário está em transformação. O quanto a sua geração precisa pensar diferente em relação aos líderes que começaram na área há algumas décadas?

Guga Ketzer – A grande diferença é de olhar, não de essência. O coração da publicidade mudou pouco, mas a manifestação do negócio, não. A quantidade de mídias e pontos de contato faz com que as marcas e agências precisem estar alertas a coisas que não estavam antes. Dentro da agência, é preciso ter pessoas com novas habilidades, gente que não estava no radar da agência há até bem pouco tempo. A publicidade tem que voltar a atrair talentos. Vivemos tempos diferentes de quando o Celso (Loducca) entrou, quando o mercado atraía talentos naturalmente.

M&M – Como voltar a atrair talentos?

Ketzer – O modelo da agência tem que ser voltado para conquistar novos e diferentes tipos de talentos. Na Loducca, temos diretor de criação que é programador. As agências precisam colocar gente com bagagem diferente para fazer com que, diante do jeito de comunicar muito abrangente de hoje, exista gente capaz de entender, trabalhar e entregar a melhor estratégia de comunicação e a melhor campanha. Temos que buscar cada vez mais entender o comportamento humano em um mundo digital. Não é só fazer o digital. É a busca de como ser humano se relaciona. Ele tem uma cara muito diferente de há alguns anos. Precisamos empoderar a agência para lidar com esse tipo de consumidor, cliente e pessoa.

M&M – A nova liderança das agências parece tem uma visão de gestão mais horizontal que vertical – menos focada na figura do líder e mais nas conexões entre as pessoas. Como você lida com isso na Loducca?

Ketzer – Em pleno 2015, é muito difícil uma gestão não ser colaborativa. Não acho que os líderes anteriores não oferecessem essa abertura, mas parece que hoje as próprias pessoas da equipe estão querendo colaborar e romper fronteiras entre departamentos. E entender até onde podem ir. É importante para o gestor entender as diferenças geracionais e individuais dentro da mesma agência. Pessoas que estão começando nos 20 anos e aquelas perto dos 40 anos lidam com colaboração e trabalho de maneiras diferentes. Impossível não enxergar essa diversidade dentro da agência. Sempre acreditei que o principal processo é dar poder e responsabilidade às pessoas. Através da responsabilidade, todo mundo desenvolve seu jeito de colocar aquilo para frente. É questão de entender as angústias e desejos de cada indivíduo, dentro de uma mesma equipe.

M&M – As agências precisam ser verdadeiras consultoras de negócios, para atender a novas demandas dos clientes. Como isso impacta o líder da agência?

Ketzer – O novo líder tem que estar mais próximo do negócio do cliente. Temos que conhecer o que o cliente faz para trazer respostas certas, sugestões certas, usar as ferramentas certas. O trabalho de comunicação fica mais completo quando cliente está envolvido e abre suas questões de negócios para nós. E conseguimos ajustar esses ponteiros. Nosso trabalho fica mais assertivo. Temos que ter sensibilidade de entender que negócio do cliente está mudando e entender suas questões. E ver como ajudar ou trabalhar.

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