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Comunicação

Publicis Omnicom: o impacto para os clientes

Grupos rivais duvidam da capacidade da companhia de manter qualidade do trabalho. Alguns clientes já se posicionaram


1 de agosto de 2013 - 9h19

 A fusão que após as aprovações em instâncias regulatórias criará o Publicis Omnicom levantou uma importante questão em relação aos possíveis conflitos de contas. Coca-Cola e Pepsi, além de AT&T, Sprint, T-Mobile e Verizon são apenas dois casos em que isso pode ocorrer.

Os concorrentes do Publicis Omnicom, como se poderia esperar, levantaram diversas questões em relação à fusão e uma das principais delas se referia ao impacto no atendimento aos clientes. “O tempo irá dizer se a cultura das empresas vai se encaixar e se será algo bom para os clientes”, afirmou Martin Sorrell, do WPP. David Jones, do Havas, afirmou que uma estrutura maior não está diretamente relacionada à emergente necessidade de encontrar soluções rápidas para os clientes.

Já Miles Nadal, da MDC Partners, foi mais direto: “essa fusão é uma grande vitória para nós, porque haverá oportunidades de novos negócios ocasionadas pelos conflitos de clientes e porque muitos deles irão reclamar e afirmar que a megafusão tirará o foco das agências de produzir um grande trabalho criativo”.

Alguns clientes já se posicionaram, mesmo que de forma tímida, sobre a fusão.

O Advertising Age aponta que a Anheuser-Busch InBev, e sua concorrente MillerCoors, terão grande parte da criatividade nas mãos da mesma holding. A Saatchi&Saatchi (Publicis) norte-americana atende MillerLite, e a BBDO (Omnicom) tem Bud Light. Para Paul Chibe, vice-presidente de marketing da primeira, não haverá problemas por conta disso. “Não muda nada. A visão de um holding é ter diferentes redes para gerenciar possíveis conflitos. E isso não muda por conta de uma fusão. Nós trabalhamos com muitas agências de Publicis e Omnicom em diversos países”, apontou, ao AdAge.

O CMO da L´Oreal Marc Speichert lembra um ponto positivo da fusão: “Ela permitiria que essa nova companhia tenha mais escala na compra de mídia o que poderia ser um benefício para nós”, afirma. Ele acrescenta outro argumento: “As agências têm falado também sobre oferecer aos clientes os benefícios de ter uma rede ampla de agências no ecossistema da holding. Assim, nós teríamos acesso mais amplo a talentos e recursos da holding”, aponta.

A General Motors se posicionou de forma mais tímida: “Vamos trabalhar com a nova empresa, mas não queremos antecipar nenhuma discussão”, afirmou o porta-voz Pat Morrissey. A rival Volkswagen diz estar “sossegada” sobre a fusão. “Já há outras agências de publicidade do Omnicom que atendem nossos competidores”, afirmou Eric Felber, porta-voz da montadora alemã. “Sempre houve uma clara separação entre as subsidiárias individuais e seus clientes no mercado”, completa.

Outras montadoras como Toyota, Nissan e Renault também não demonstraram preocupações sobre o assunto. “Nós apoiamos a direção do Publicis e Omnicom para criar uma empresa de qualidade em comunicação, publicidade, marketing e digital”, afirmou Dave Reuter, da Nissan Americas, ao AdAge.

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