Qual a hora certa de testar uma plataforma?
Profissionais da Mood, Ogilvy e F.biz falam sobre os desafios de administrar cada vez mais ferramentas tendo em vista a velocidade com que surgem novos aplicativos
Profissionais da Mood, Ogilvy e F.biz falam sobre os desafios de administrar cada vez mais ferramentas tendo em vista a velocidade com que surgem novos aplicativos
Luiz Gustavo Pacete
15 de setembro de 2016 - 8h55
Quando o Pokémon Go foi lançado, no início de julho, nos Estados Unidos, já aqui no Brasil as agências se perguntavam a utilidade que ele teria para as marcas. As perguntas ainda não foram respondidas.
Assim que o Snapchat começou a ganhar força, no início deste ano, as marcas questionavam as agências de como poderiam utilizar o aplicativo. Ainda hoje, muitos ainda também se questionam como usar o Facebook Live e, sem contar, que agora também tem o Instagram Stories.
A velocidade com que surgem novas plataformas traz cada vez mais desafios às marcas e agências reforçando a pergunta: é hora de usar ou essa moda vai passar? Diante de questões como essa, Renata Longhi, diretora de conteúdo da F.biz, prefere testar, experimentar e esgotar as possibilidades de uma ferramenta antes de oferecer ou sugerir algo a seus clientes. “A publicidade pode ser mais relevante se focar em entrar na vida das pessoas de forma verdadeira e isso tem que ser feito por meio de conversas, o desafio é entender a plataforma certa e o momento correto de utilizar”, diz Renata.
“Aprendam fazendo, esqueçam os manuais”
Antonio Ferreira, diretor de mídia digital da Ogilvy Brasil, alerta às marcas para que não fiquem reféns de plataformas. “Temos o exemplo recente do Facebook e sua mudança de algoritmo, quem depositou todas suas fichas na plataforma hoje vem enfrentando dificuldades”. Ele explica que, por mais óbvio que pareça, muitas empresas focam suas estratégias em determinadas plataformas e ficam reféns. “Outra questão importante é métrica, hoje, temos dificuldade de lidar com o Snapchat justamente por causa disso, precisamos de informações concretas”, explica Ferreira ressaltando que a agência possui obrigação de testar e acompanhar tudo relacionado a tendências e plataformas.
De acordo com Luis Constantino. Head of digital da Mood\TBWA, agências nasceram para fazer campanhas publicitárias, esse é o negócio. “Mas o mundo muda muito rápido e estamos tentando acompanhar o ritmo.Algumas agências já perceberam o valor de ideias inovadoras e entregam projetos e produtos e não mais campanhas, um novo modelo de negócio, uma nova relação, menos prestação de serviço e mais sociedade. Algumas delas, inclusive, já incubam startups dentro do negócio” diz Constantino, se referindo a projetos inovação e tecnologia desenvolvidos como um novo desafio para as agências.
Compartilhe
Veja também
O que propõe o novo curso sobre IA voltado ao mercado publicitário?
Com nove módulos, totalizando cerca de 27 horas de aulas teóricas e práticas, curso da Miami Ad School pretende capacitar uma nova geração de profissionais para a era da IA
Os 8 potenciais conflitos de contas na fusão entre Omnicom e Interpublic
Holdings são detentoras de contas de criatividade e mídia de anunciantes concorrentes em diversos segmentos