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Por que a Unilever está reduzindo suas agências

Empresa diminuiu a quantidade de parceiros de publicidade em todo o mundo e vem dividindo os trabalhos com estúdios in-house


5 de julho de 2017 - 16h31

Por Jeck Nefff, do Advertising Age

 

(Crédito: Reprodução)

Um executivo de agência disse recentemente que, desde 2008, quando a economia norte-americana passou por uma profunda recessão, não via os anunciantes de bens de consumo com tanto medo. Ele culpou a pressão imposta por varejistas e investidores para tal sensação.

Um dos maiores anunciantes do mundo, a Unilever também vem tendo esse receio. Por isso, a companhia vem procurando tornar suas operações mais eficientes e combinar duas frentes de marketing sob uma mesma estratégia, cuja proposta é eliminar o desperdício com as agências.

“Devemos buscar o melhor preço para nossos consumidores. E se isso significa acabar com ineficiências nos negócios de outros, assim o faremos”, declarou Keith Weed, chief marketing and communications officer da Unilever, em entrevista concedida ao Advertising Age, durante o Cannes Lions.

Confira os principais tópicos:

– Como – e por que – a Unilever está desenvolvendo a produção in-house?
Nos posicionamos com nossos centros de inteligência, de onde recebemos os dados de social media e podemos respondê-los em tempo real. Então, há benefício em termos de tempo e agilidade. E eles são, claro, muito mais baratos. Para mim, faz parte de um mix global que representa uma maneira moderna de fazer marketing.

– Mas você ainda trabalha com agências de publicidade?
Absolutamente, ainda trabalhamos com agências dos grupos WPP, Omnicom, Interpublic e Publicis. Mas a combinação das duas coisas – agências e produção de conteúdo in-house – têm funcionando bem para nós. Nós também temos o U Entertainment (divisão do grupo) quando queremos criar nosso próprio conteúdo.

– E, ao mesmo tempo, vocês estão investindo menos em publicidade?
Também criamos uma ferramenta para avaliar o desgaste de nossos anúncios (quando eles se tornam familiares para os consumidores). Estávamos aproveitando apenas 1% de nossos anúncios e desperdiçando 60%. Então, cortamos o número de anúncios produzidos em 30% mantendo nosso investimento de marketing, mas dentro desse corte com produção e pagamento para as agências.

E isso significa, então, menos agências.
Temos muitas agências – cerca de 3 mil. Estamos reduzindo pela metade esse número e investindo mais em agências estratégicas. Continuaremos trabalhando com agências locais relevantes e poderemos negociar novos acordos, melhores e mais complexos, com um grupo menor de agências.

 

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