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Consumidor ultradinâmico, o novo desafio do varejo

Estudo da WGSN aponta seis principais macromovimentos que definirão o que as pessoas esperam das marcas nos próximos anos


27 de fevereiro de 2019 - 6h00

 

A evolução dos sistemas de pagamento são uma das demonstrações da pressão dos consumidores por cada vez mais mobilidade (Crédito: Reprodução)

Para um consumidor ultradinâmico, uma marca disposta a mudar diariamente. Causa e efeito são algumas das definições do levantamento da WGSN, consultoria de previsões de tendências, que será divulgado nesta quarta-feira, 27, em São Paulo. A pesquisa “Consumidor Ultradinâmico” foi feita durante o segundo semestre com mais de mil consumidores no Brasil e no mundo. As pessoas mapeadas no estudo estão impulsionando a transformação na sociedade e desafiando os antigos modelos econômicos.

“Exigentes, contra antigos padrões e com novos valores, esses clientes fomentam novos formatos de negócios. A pergunta que fica para as marcas: quais são essas mudanças relacionadas ao seu comportamento e perspectivas de como elas afetarão o mercado a partir de 2020?”, diz um dos trechos do estudo. As seis tendências identificam o que está por traz da mudança no comportamento do consumidor relacionada com compras realizadas por dispositivos móveis, conexões humanas, confiança nas marcas, preocupações climáticas, envelhecimento populacional e economia do compartilhamento.

Revolução das compras pelos dispositivos móveis
A nova sociedade já é norteada pelo smartphone e as pessoas querem consumir via dispositivos móveis. Sem interação e sem processos. Segundo pesquisa executiva de varejo da WGSN, 64% dos varejistas afirmam que o pagamento pelo celular é prioridade para o funcionamento de seu negócio. Outro levantamento realizado pela agência YouGov, mostrou que 44% dos entrevistados entre 18 e 24 anos se sentem mais confortáveis ao conversar com novas pessoas por meio de redes sociais, do que ao vivo.

A importância dos sentimentos
As conexões humanas são valorizadas à medida em que as pessoas se sentem mais sozinhas. Por isso, estão em busca de conexões que ajudem a se sentirem mais humanos. Por outro lado, uma vez que os varejistas investem em tecnologia de inteligência artificial e experiências digitais, a importância da conexão humana será um diferenciador fundamental paras as marcas. As estratégias pessoais começam a crescer como um ponto de diferenciação para além do preço, principalmente quando as empresas concorrem com a Amazon.

A economia da confiança
Os consumidores estão questionando o que é real. Por isso, marcas e varejistas precisam desenvolver novas estratégias capazes de aumentar o nível de confiança das pessoas. À medida que as pessoas são expostas todos os dias a uma enxurrada de fake news, é cada vez mais difícil saber em que ou em quem confiar. Nos EUA, a última pesquisa “Edelman Trust Barometer” apontou que os níveis de confiança dos americanos tiveram uma queda recorde na população em geral. De acordo com o estudo, a confiança caiu nove pontos e chegou aos 43, o menor nível já apontado em um trimestre.

Preocupações climáticas
O mundo precisa de ajuda e seus moradores estão em busca de soluções e ações para torná-lo melhor. O número de desastres naturais provocados por eventos climáticos extremos – inundações, secas e incêndios – mais do que dobrou desde 1980. No mesmo período, o número de tempestades dobrou, enquanto inundações, avalanches e deslizamentos quadruplicaram desde 1980 e dobraram desde 2004. A ansiedade em relação ao clima já é uma realidade, assim como o desejo de limitar ou reverter os danos causados ao ecossistema do planeta. Essa nova reação emocional do consumidor vai exigir que os varejistas criem novas estratégias.

A geração longeva
As pessoas estão vivendo mais e melhor. E as marcas precisam estar atentas a essa demanda crescente. Os países desenvolvidos – dos EUA ao Japão – reconhecem que é difícil lidar com o envelhecimento da população e com as grandes mudanças que acontecem na distribuição de renda. De acordo com a ONU, essa questão causará a transformação social mais significativa do século 21, com implicações em todos os setores da sociedade. De acordo com os dados de pesquisa realizada pelo International Longevity Centre, as pessoas com mais de 50 anos no Reino Unido gastam um total de 314 bilhões de libras por ano, o que equivale a aproximadamente 43% do total do gasto doméstico em consumo de produtos.

Fim da posse
Não é sobre ter é sobre viver. A economia compartilhada ganha forças em um cenário que os consumidores estão mais abertos a experimentarem e as marcas precisam entender a dinâmica deste novo mercado. As pessoas estão deixando de gastar em coisas para investir em experiências. E isso tem sido notado. O processo de descoberta de produtos também parece ter mudado para sempre: os consumidores de hoje deixam de “ir às compras”, mas ao mesmo tempo, nunca deixam de fazer compras, já que estão sempre conectados a aplicativos móveis e ao Instagram.

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