Mídia
Entretenimento é vital para 83% das pessoas, diz estudo
Pesquisa The Future of Entertainment indica importância do conteúdo para consumidores em 37 países pesquisados
Pesquisa The Future of Entertainment indica importância do conteúdo para consumidores em 37 países pesquisados
22 de maio de 2019 - 6h50
Entre os consumidores mais conectados, 60% não conseguem ficar sem conteúdo (Crédito: Recep bg/ iStock)
A Havas publicou uma nova edição do Prosumer Reports, em parceria com o Cannes Lions. O estudo O Futuro do Entretenimento discute a transformação na relação das pessoas com conteúdo e como as marcas podem se unir a essa discussão. Segundo a pesquisa, 83% dos consumidores consideram o entretenimento uma necessidade vital. Essa parcela aumenta para 92% entre os “prosumers” — faixa do público que dita tendências.
A série de estudos Prosumer Reports analisa tendências de consumo, cultura e comportamento segundo a parcela do público que mais movimenta esses ponteiros, ou os “prosumidores”, em livre tradução. Segundo a Havas, esse público costuma representar de 15% a 20% dos consumidores de modo geral, é early adopter e costuma antecipar tendências de marketing em até 18 meses. É um público “de vanguarda”, “influente”, “proativo” e consciente “social e ambientalmente”. O grupo acompanha as tendências desse público há 15 anos, com auxílio da Market Probe International, que costuma elaborar até quatro estudos do gênero anualmente, compartilhando os dados com clientes e parceiros. O Futuro do Entretenimento consultou 17.411 pessoas acima de 13 anos em 37 países, incluindo Brasil, no primeiro trimestre deste ano.
Entre outros insights, destacam que seis a cada dez prosumidores admitem que não conseguem ficar sem conteúdo e 56% sacrificaria uma boa noite de sono para maratonar uma série. Quatro a cada dez respondentes entre esse público conectado afirmam que hoje não viveriam sem Netflix — a Havas destaca que a amostragem inclui faixas etárias para as quais a plataforma sequer existia há 5 anos.
The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”
Seis a cada dez prosumers falaram que desejariam que o sistema educacional e o ambiente de trabalho tivessem mais elementos de entretenimento. Mais de um terço afirmou o mesmo sobre hospitais e casas de repouso. Eles também tendem a preferir conteúdos relacionados a empoderamento e que fornecem ferramentas para o desenvolvimento pessoal. Preferem, por exemplo, criadores de conteúdo que valorizam conexões menos superficiais em suas obras: 63% disseram que é importante que músicos tratem de questões sociais em seus trabalhos.
The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”
Entre os prosumidores, 93% consideram um conteúdo significativo quando gera impacto de longo prazo. Além disso, 78% concordam que as plataformas deveriam ter em seu portfólio conteúdos locais relevantes e em língua nativa. As marcas também podem se aproveitar melhor dessa paixão: 71% dos prosumers afirmaram se engajar melhor e se lembrar melhor de publicidade que também traz entretenimento.
The Future of Entertainment – Havas/ Cannes Lions: Respostas de “prosumers”
Entre os pesquisados, especialmente os mais jovens, consumir também é, em essência, produzir. Daqueles de 13 a 17 anos, 55% acreditam que sempre precisam, de alguma forma, entreter amigos e outras pessoas, e 43% se sentem pressionados a exibir um estilo de vida em que entretenimento tenha uma parte importante.
Yannick Bolloré, CEO da Havas Group, afirmou no estudo que a pesquisa leva a entender que, para a maior parte dos consumidores hoje, conteúdo é parte central de suas vidas, e não mais periférica. “Isso nos dá, como líderes do entretenimento, uma grande responsabilidade. Nosso papel hoje é construir valor de entretenimento”, disse. “São boas notícias para a nossa indústria.”
**Crédito da imagem do topo: RawPixel/Pexels
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