Estudo da Getty Images avalia autoestima nas redes

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Estudo da Getty Images avalia autoestima nas redes

Segundo relatório Visual GPS, 47% dos sul-americanos geralmente sentem que suas vidas não são tão boas quanto as de outras pessoas nas redes sociais


18 de maio de 2020 - 6h00

63% da geração Z sentem que suas vidas não são tão boas quanto a de terceiros nas redes sociais (Crédito: Gpointstudio/iStock)

Você já teve o sentimento de que sua vida não parece tão boa ou interessante quanto a das pessoas que você segue nas redes sociais? Se sim, você faz parte dos 47% de sul-americanos que têm este mesmo sentimento, de acordo com o estudo Visual GPS, da Getty Images em parceria com a YouGov, empresa de pesquisa de mercado global. O relatório, realizado com mais de 10 mil consumidores e profissionais, sendo 1.555 da América do Sul, ainda revela que esta porcentagem aumenta nas gerações mais jovens. Enquanto 30% dos baby boomers sentem que as próprias vidas não são tão boas quanto a de terceiros nas redes sociais, na geração X, esse número sobe para 40%, nos millennials para 55% e na geração Z para 63% .

Tristen Norman, diretora senior de insights criativos da Getty Images, avalia que “a tecnologia desempenha um papel maior e mais importante na vida dos latino-americanos”. Segundo o levantamento, 87% dos consumidores disseram que a tecnologia ajuda a se conectar a pessoas com quem se importam e 91% afirmaram que ter um dispositivo/telefone móvel ajuda a se conectar ao que está acontecendo no mundo. “Eles também possuem o maior uso diário de dispositivos do mundo na maioria dos dispositivos de tecnologia”, reforça Tristen.

Por outro dado, a pesquisa aponta que quatro em cada dez pessoas da América do Sul acreditam que o uso da tecnologia já prejudicou seus relacionamentos de alguma forma. Com isso, a atenção em relação ao tempo gasto nas mídias sociais apresentou um crescimento, pois segundo o relatório 35% dos respondentes afirmaram usar dispositivos de tecnologia para se lembrar de desconectar.

Outro dado constatado pelo estudo revela que os sul-americanos são os menos preocupados em relação à inteligência artificial. Enquanto na região apenas 28% das pessoas ficam nervosas em relação ao tema, na Ásia-Pacífico são 39%, na Europa 42% e, na América do Norte, 54%. Além disso, quando se trata de segurança de dados, as pessoas da América do Sul são as que menos se preocupam com uma potencial grande falha de segurança que cause exposição de dados ou cyber-ataque na região (63%), contra 68% na Europa, 73% na Ásia-Pacífico e 76% na América do Norte.

Apesar disso, 95% sul-americanos concordam que as empresas devem provar que estão comprometidas com a proteção e privacidade do usuário, o que representa uma porcentagem maior do que na Europa (85%), Ásia e Pacífico (88%) e América do Norte (89%).

Autenticidade

Além de assuntos relacionados a tecnologia e redes sociais, o relatório também abordou temas como sustentabilidade, bem-estar e autenticidade. Dentro da categoria autenticidade, a pesquisa que mostra que 84% dos sul-americanos participaram de causas que promovem mudanças, enquanto 57% fizeram um post em prol de uma causa em redes sociais e 53% fizeram uma doação financeira para uma causa.

A preocupação das pessoas da região com os valores das marcas também é grande, visto que dois em cada dez sul-americanos boicotaram uma marca que não ia ao encontro de seus valores e 39% passaram a comprar produtos de uma marca que apoia uma causa em que acreditam. Além disso, o estudo revela que oito em cada dez pessoas da região querem saber mais sobre o que acontece nos bastidores da produção de um produto, número maior do que nas demais regiões pesquisadas.

Sustentabilidade

A diretora senior de insights criativos da Getty Images comenta que “a América Latina possui a maior preocupação documentada de todas as regiões sobre as mudanças em nosso planeta e meio ambiente”. Para 97% das pessoas da região, a forma como a Terra é tratada hoje influenciará no futuro. Além disso, 93% dos sul-americanos estão preocupados com os oceanos, 94% com a poluição do ar e 95% com a qualidade da água e 58% afirmaram que só compram produtos de marcas que se esforçam para ser mais sustentáveis.

“Na maior parte do mundo, existe um dilema de consumo em que os desafios enfrentados pelo meio ambiente são reconhecidos, mas a conveniência supera as mudanças de comportamento pessoal”, afirma Tristen, analisando que, em comparação com Europa e América do Norte, a América do Sul tem uma lacuna muito menor entre suas atitudes em relação às mudanças climáticas e as suas ações pessoais ao fazer escolhas sustentáveis. O estudo aponta que 86% os sul-americanos tentam reduzir a utilização de plástico, maior porcentagem em relação às outras regiões. Em relação ao tema da prática de reciclagem, a pessoas da América do Sul (75%) só perde para a Europa (81%) e, em redução de carbono (68%), para a Ásia e Pacífico.

Bem-estar
Na categoria de bem-estar, o estudo revela que 94% dos sul-americanos procuram cuidar da saúde mental, acham importante falar sobre o assunto e buscam maneiras celebrar os bons momentos da vida. “Os entrevistados da América Latina obtiveram resultado mais alto ao priorizar seus relacionamentos com a família e amigos de todas as regiões pesquisadas. Encontros para se manterem juntos é o que mais fazem regularmente (78%), contra 63% na América do Norte, 72% na Europa e 61 % em Ásia e Pacífico”, pontua diretora senior de insights criativos da Getty Images.

Mas não é só com a saúde mental que o sul-americanos se preocupam. “Enquanto o bem-estar global na América Latina prioriza uma visão mais holística da saúde, a América Latina parece também priorizar seu bem-estar físico mais do que outras regiões”, revela Tristen. O relatório aponta que 64% das pessoas da região priorizam a prática de exercícios físicos e 58% a alimentação saudável.

**Crédito da imagem no topo: MrPliskin/istock

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