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US$ 130 milhões para startups brasileiras

Redpoint e.ventures cria fundo para empresas de internet cujos negócios sejam concentrados no Brasil


24 de julho de 2012 - 7h31

A Redpoint e.ventures acaba de anunciar a criação do seu primeiro fundo, no valor de US$ 130 milhões, para investimento em empresas de internet em estágio inicial de negócios, especificamente empresas brasileiras ou latinoamericanas que tenham como alvo o mercado brasileiro. Os valores devem variar de um mínimo de US$ 100 mil a até US$ 5 milhões.

O fundo será gerenciado pelos sócios Yann de Vries e Anderson Thees, este que até o ano passado ocupava o cargo de CEO do Apontador. Parte dos US$ 130 milhões já foram investidos em cinco empresas: Viajanet, Shoes4You, Sophie & Juliete (bijouterias finas), Grupo Xangô (que tem serviços de computação em nuvem e cujo primeiro produto foi um antivirus) e 55 Social, uma plataforma para o desenvolvimento de campanhas para as marcas nas redes sociais.

Segundo Anderson Thees, as cinco receberam menos da metade dos US$ 130 milhões e a idéia é que o total do fundo seja investido em algo entre 15 e 20 startups de alto potencial de crescimento. “Nossa posição deverá de ser sempre minoritários, mas queremos ser o primeiro investidor institucional dessas empresas”, disse.

O fundo deverá ter duração de 10 anos, cinco dos quais serão o período de investimento. Mas a dupla de fundadores da Redpoint e.ventures acredita que os negócios todos devam acontecer no prazo de três ou quatro anos. Quando um fundo estiver próximo de atingir o auge dos investimentos, o subsequente já estará sendo formado.

Apesar da empolgação como potencial do Brasil para as empresas online, os executivos lembram que fatores como logística, meio de pagamento online e o uso de computação na nuvem ainda precisam melhorar no País. Mas acreditam que isso já esteja acontecendo, uma vez que os serviços online e o desenvolvimento do e-commerce são caminhos sem volta.

Formada a partir da união de duas empresas que já atuavam no Brasil – a Redpoint Ventures desde 1999 e a e.ventures, desde 1998 – a Redpoint e.ventures explica-se pelo fato de que os envolvidos acreditam mais no velho ditado de que “o olho do dono é que engorda o gado”. Nenhum deles citou a máxima popular, mas Yann de Vries ressaltou a importância de ter proximidade com os empreendedores, porque uma presença local pode trazer melhores resultados.

Apesar dessa presença local, na apresentação do novo fundo, ambos destacaram a reputação das empresas que deram origem a ele, assim como suas conexões internacionais. A equipe formada no Brasil pretende utilizar uma rede de contatos no Vale do Silício, Europa, China, Japão e Rússia.

Os fundadores desconversaram quando veio a pergunta sobre se as cinco empresas nas quais investiram já teriam atingido o “break even”. Mas como os bancos, eles analisam bem o perfil dos clientes antes de liberar crédito ou, no caso, o aporte.
 

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