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A compra da Red Hat pela IBM e o futuro da IoT

Empresa de software adquirida por US$ 34 bilhões acirra competição de nuvem híbrida com Amazon, Google e Microsoft


30 de outubro de 2018 - 10h00

O anúncio da compra da desenvolvedora de software Red Hat pela IBM, na segunda-feira, 29, vem acompanhada de alguns recordes e significados. Segundo a Bloomberg, é a segunda maior aquisição do mercado de tecnologia atrás apenas da compra da EMC pela Dell, em 2015, por US$ 63,7 bilhões. E, de acordo com a IBM, é a maior aquisição de sua história. Com a Red Hat, a IBM passa a ser um player relevante na oferta de soluções em nuvem hibrida competindo diretamente com Amazon, Google e Microsoft.

Na prática, o que isso significa? Silvio Meira, empreendedor digital, explica que a IBM, até então, não conseguia competir diretamente com Amazon, Microsoft e Google no mercado de computação em nuvem hibrida. E a Red Hat, por sua vez, sendo pequena, não conseguia crescer em um mercado de gigantes. A aquisição pode, na visão de Meira, representar o melhor dos mundos para ambas. “Uma empresa menor com agilidade para se movimentar e uma empresa gigante que, se acertar o passe estratégico, pode ser um player importante na oferta de hybrid cloud”, afirma.

“A aquisição da Red Hat muda tudo sobre o mercado de computação em nuvem e faz com que a IBM se torne a fornecedora de nuvem híbrida número um do mundo, oferecendo às empresas a única solução de nuvem aberta que irá liberar todo o valor da nuvem para seus negócios”, disse Ginni Rometty, CEO da IBM. Em entrevista à CNBC,  Ginni também disse que o crescente uso de computação em nuvem e o desenvolvimento de tecnologias como IoT (IoT, na sigla em inglês), foram determinantes para a aquisição. Neste caso, explica Meira, cloud e IoT são quase sinônimos. E o potencial dessa indústria justifica a movimentação. “Estamos observando um aumento gigantesco do número de transações de objetos conectados com a rede. E a combinação de Red Hat com IBM aumentará a capacidade analítica da dona do Watson para criar ofertas neste segmento”, explica Meira.

Na prática, a nuvem hibrida combina um ambiente público, como o da Amazon ou Google, com o ambiente privado, o centro de dados de uma empresa, por exemplo. A conexão entre esses dois ambientes será fundamental para a aplicação de tecnologias conectadas. Nessa dinâmica, informações mais delicadas e que demandam maior grau de privacidade ficam hospedados no ambiente privado e os dados que podem ser expostos ficam no ambiente público.

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