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Ford com Trump na direção

Montadora cancelou planos de investir US$ 1,6 bilhão em uma nova fábrica no México


4 de janeiro de 2017 - 12h24

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Fields, ao anunciar, no Michigan, a mudança de planos da Ford (Crédito: Divulgação Ford)

Tanto o novo presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os planos de expansão da Ford envolvendo o investimento de US$ 1,6 bilhão numa nova fábrica no México, que a montadora anunciou o cancelamento do projeto.

Em vez disso, investirá US$ 700 milhões nos EUA para lançar, até 2020, 13 modelos de carros elétricos (num projeto total de investimento em pesquisas e produção de carros elétricos de US$ 4,5 bilhões, anunciado ainda em 2015).  A companhia deu detalhes sobre sete desses veículos; os planos incluem um F-150 híbrido, um Mustang híbrido e um SUV totalmente elétrico, que será produzido em Flat Rock, Michigan. Além deles, um veículo maior para uso comercial (transporte de carga ou passageiros), um Transit Custom híbrido e dois veículos híbridos para uso policial.

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Híbridos e elétricos são alvos dos investimentos da montadora (Crédito: Divulgação Ford)

 

O CEO da Ford, Mark Fields, justificou a mudança de planos argumentando ter sido encorajado pelas políticas de crescimento que Trump e o novo congresso republicano pretendem implantar. “Acreditamos que essas reformas tributárias e regulatórias são cruciais para estimular a competitividade americana e claro o ressurgimento de sua indústria e inovação tecnológica de ponta”, afirmou Fields.

Trump, no entanto, ameaçou a Ford de tarifar em 35% qualquer veículo importado do México, assim como renegociar ou sair do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.  Também se dirigiu à GM, num tuíte, ameaçando impor um imposto de importação maior, caso o Cruze fosse produzido no México. A GM, então, reiterou que o Cruze tem como destino principal o mercado interno e continuará a fabricá-lo nos EUA. O Focus sedan, da Ford, que passaria a ser fabricado na nova planta mexicana, teve sua produção mudada para a já existente de Hermosillo.

O governo mexicano ainda não se pronunciou sobre o caso.

 

(*) Com informações do AdvertisingAge

 

 

 

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