CMOs pretendem aumentar investimentos no segundo semestre
Painel Marketing Trends, realizada pelo Meio & Mensagem e a Kantar, apontou que 64% dos decisores de marketing vão aumentar os aportes em compra de mídia
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Taís Farias
5 de setembro de 2024 - 15h38
A pesquisa Painel Marketing Trends, realizada em parceria entre Meio & Mensagem e Kantar Ibope Media, revelou que 64% dos CMOs e decisores da área de marketing pretendem aumentar os seus investimentos para a segunda metade do ano. Quando somadas as empresas que vão manter o patamar de investimento, a taxa atinge 88%.
Em contrapartida, 12% dos entrevistados pretendem investir menos nos meses finais de 2024. Ao todo, o levantamento ouviu 72 CMOs e decisores de marketing entre o final de junho e o início de agosto. O objetivo do Painel é oferecer às lideranças uma percepção do ambiente de negócios a partir do cenário com o qual trabalham empresas relevantes em seus respectivos setores.
O resultado do segundo semestre confirma uma tendência de crescimento. No início de 2024, 68% dos líderes de marketing afirmaram que teriam um orçamento maior para a compra de mídia neste ano, na comparação com 2023. Já as companhias que pretendiam reduzir os seus investimentos no ano eram 8%.
Os executivos também traçaram uma previsão sobre onde serão alocados os seus investimentos. Os formatos digitais e o trabalho com influenciadores foram destaques do estudo. 73,9% e 70,6% dos entrevistados, respectivamente, pretendem aumentar o seu aporte nos dois formatos.
Outros meios que devem receber um aporte maior das companhias no segundo semestre são a mídia exterior (59,6%), redes sociais (59,4%) e vídeo online (53,1%).
Para o professor da FGV Ebape, Jose Mauro Nunes, do ponto de vista macroeconômico, o cenário do segundo semestre de 2024 é moderadamente otimista. “A despeito do balanço das contas públicas ser elevado e da perspectiva da manutenção da taxa de juros, as previsões do PIB e o crescimento do emprego levam a uma percepção de melhora da situação econômica do País. O que, consequentemente, aumenta a confiança do consumidor. Mas é uma melhora discreta. Não é uma melhora significativa”, defende o professor.
Para além dos elementos da economia, pesam sobre as projeções fatores próprios do segundo semestre, como a Black Friday e o Natal e outros, característicos de 2024, como a agenda eleitoral e as Olimpíadas. “Os anunciantes precisam prestar atenção nessas grandes datas e no calendário eleitoral que pode interferir, inclusive, na visibilidade dos anúncios”, define o professor da FGV Ebape.
Adriana Favaro, vice-presidente de negócios Kantar Ibope Media, conta que, embora fosse esperado um crescimento no segundo semestre, o patamar apontado pelos CMOs superou as expectativas já que o período eleitoral, as Olimpíadas, e um histórico de Black Fridays com números abaixo do esperado poderiam impactar negativamente os investimentos. “Demonstra um otimismo das marcas para com o papel da publicidade”, defende a executiva.
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