Os desafios do novo CEO da América Movil
José Felix, ex-Net, assume a presidência da dona da Claro em um momento de queda de receitas e a necessidade de ampliar a carteira de clientes
José Felix, ex-Net, assume a presidência da dona da Claro em um momento de queda de receitas e a necessidade de ampliar a carteira de clientes
Meio & Mensagem
21 de julho de 2015 - 8h13
No comando da Net desde 2008, José Felix assume a presidência da América Movil Brasil, dona das marcas Claro, Embratel e Net, em um momento de desafios. O grupo admitiu, há algumas semanas, que a crise econômica vivida pelo Brasil levou a empresa a perder receitas no segundo trimestre deste ano. O faturamento com telefonia móvel no Brasil caiu 1,1%, entre abril e junho, comparado com o mesmo período de 2014, para R$ 3,06 bilhões.
Em teleconferência com analistas, executivos do grupo mexicano também destacaram a queda nas recargas efetuadas, mesmo com uma alta de 2,4% no total de assinantes pré-pagos no trimestre, as recargas não corresponderam. Outro desafio da América Movil é a Claro TV que desconectou 112 mil clientes de TV por assinatura no Brasil durante o segundo trimestre, entre os principais motivos estão a inadimplência. Porém, a base total de clientes de TV do grupo cresceu 3,6%, na comparação anual.
O executivo assume a empresa com uma nova organização dividida em três unidades de negócios: Mercado Residencial, tendo como CEO Daniel Barros (ex-vice-presidente de operações da Net); Mercado Pessoal, cujo CEO será Carlos Zenteno (ex-presidente da Claro mobile); e Mercado Empresarial, que terá como CEO José Formoso (ex-presidente da Embratel). O principal desafio dessas unidades de negócio é otimizar a gestão de clientes e ampliar os resultados planejados para cada uma das áreas.
Além dos CEOs das unidades de negócio, Felix também vai contar com a ajuda de executivos como Rodrigo Marques (Estratégia e Gestão Operacional), Oscar Petersen (Legal e Regulatório), Roberto Catalão (Administrativo e Financeiro), Mario Sergio Moreira (Sistemas e Operações de TI), Marcelo Parraga (Engenharia de TV e Acessos) e André Sarcinelli (Engenharia de Comutação e Transporte). As diretorias de Recursos Humanos, Compras, Garantia de Receita e Auditoria completam a estrutura de suporte, também com reporte a Félix.
Momento de consolidação
O principal concorrente da América Móvil, o Grupo Telefônica, também vive um momento de consolidação no País, após ter comprado a GVT por 4,663 bilhões e assumido a liderança do mercado nacional de banda larga com 30,73% dos clientes. No primeiro trimestre, o Grupo Telefônica teve uma queda de 12,3% em seu lucro líquido, que foi de R$ 579,7 milhões. Já a receita da companhia subiu motivada principalmente pelo negócio de telefonia celular que cresceu 4,3% no período.
Já a Oi, no primeiro trimestre, aumentou seu prejuízo para R$ 414 milhões e viu sua receita cair 2%. Segundo a empresa, apesar dos números, o momento é de recuperação que será resultado de seu processo de reestruturação e a busca por melhores resultados. A TIM, por sua vez, teve um lucro líquido de R$ 313 milhões nos três primeiros meses do ano e aumentou em 24% sua base de clientes.
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