Patrocinadores da CBF podem ser alvo de CPI
À frente da CPI que investiga a corrupção no futebol, o ex-jogador e atual senador Romário quer expor eventuais contratos de marketing suspeitos
À frente da CPI que investiga a corrupção no futebol, o ex-jogador e atual senador Romário quer expor eventuais contratos de marketing suspeitos
Meio & Mensagem
8 de junho de 2015 - 11h13
A Nike e outras grandes empresas que patrocinam a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) podem ser alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do futebol, que está sendo comandada pelo ex-jogador e atual senador Romário, após as acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos que abalaram o mundo do futebol. A CPI pode ser instalada na próxima semana.
As relações entre a entidade e a empresa são marcadas por polêmicas. Em 1998, após a Copa do Mundo na França, gerou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A "CPI da Nike" debatia os relacionamentos entre a entidade e a empresa. Em 2001, ao término da comissão, Teixeira foi acusado de vários crimes e o contrato teve que ser revisto. Em 2013, a Nike e a CBF se desentenderam em relação aos termos de tal contrato, a CBF, presidida por José Maria Marin, reclamava que a abrangência dos direitos da multinacional era excessiva. A Nike rebateu e não abriu mão dos poderes sobre o time.
Após a prisão de sete executivos da Fifa, em Zurique, no dia 27 de maio, entre eles, José Maria Marin, vice-presidente da CBF, a Justiça americana citou que Marin teria relações com “alegados esquemas relacionados a pagamento e recebimento de comissões e propinas em conexão com o patrocínio à CBF por uma grande marca de sportswear dos Estados Unidos”. Apesar de não ter sido citada, a Nike logo foi associada com o caso por ser a única fornecedora de material esportivo para a Seleção.
Entre as companhias cujos acordos de patrocínio com a seleção brasileira nos últimos anos devem ser analisados estão a TAM, parte da Latam Airlines, e a Ambev, atualmente subsidiária da Anheuser-Busch InBev.
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