E por falar em inteligência de mercado…

Meio & Mensagem
20 de maio de 2013 - 8h44

Hoje “Inteligência de Mercado” virou um conceito repetido exaustivamente e perseguido por todos no contexto empresarial. Afinal, os gestores, pressionados por metas e resultados, querem expandir o conhecimento e a percepção sobre os mercados em que atuam e, assim, promover e implementar ações estratégicas vencedoras.

Nesse sentido, podemos entender a Inteligência de Mercado como um processo que abrange vários cenários, diversos períodos e que exige continuidade. Tal processo é deflagrado no levantamento de informações relevantes e estratégicas (qualitativas e quantitativas) que serão, na sequência, analisadas e ponderadas com o intuito de gerar conhecimento sobre a lógica do mercado-alvo, provendo o direcionamento das ações estratégicas a serem adotadas.

No meu dia a dia profissional, a busca por Inteligência de Mercado é o alicerce para qualquer coisa que eu empreenda. Afinal, vivo imerso no universo das pesquisas e, nesse lócus, a mola propulsora da minha atividade é identificar oportunidades, antecipar ameaças e enxergar tendências. Trabalhar com pesquisas como o alicerce do planejamento de mídia, portanto, exige de nós que enxerguemos além do que os números mostram.

Prova disso é que recentemente lançamos um estudo inédito, que chamamos de Observatório de Mídia. Se eu pudesse resumir a sua amplitude diria: Inteligência de Mercado na sua forma basilar. O estudo foi aberto com uma citação de Asa Briggs e Peter Burke: "Todo estudo sério de mídia deve terminar com um ponto de interrogação." – afirmação que retrata o nosso entendimento a respeito do que pensamos sobre um observatório de tendências em mídia, afinal, mesmo em busca de respostas, sempre teremos cada vez mais perguntas a fazer.

A meu ver, depois de certas descobertas que revelam muito do indivíduo consumidor da contemporaneidade e sua formação identitária, compreendo que, para trazer luz sobre o atual cenário, provendo as bases para a Inteligência de Mercado que todos almejam, o mergulho é no universo do consumo das mídias e no diálogo estabelecido ao longo do tempo em diferentes mídias e linguagens. Isso faz com que revelemos, de forma detalhada e relevante, como o desenvolvimento tecnológico vem provocando profundas alterações no entendimento dimensional do nosso mercado.

Dessa forma, ao ampliar a percepção dos cenários e dos mercados nos quais atuamos, estamos caminhando não para o modismo do momento, que ressalta e alarga as cores da Inteligência de Mercado como mais um chavão empresarial que todos perseguem, mas para, de fato, promovermos e implementarmos ações estratégicas vencedoras.

E para continuar no “clima”, termino com uma pergunta: nesse sentido, como anda você?

* Diego Oliveira é diretor de contas do Ipsos Brasil