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Meu Brasil brasileiro

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Ponto de vista

Meu Brasil brasileiro


20 de agosto de 2012 - 8h25

Chega de falar de Inflação, Eleição, Mensalão, Apagão, Tufão, Seleção, Damião, Afeganistão,… Por mais que as coisas enrosquem, por mais que lá fora esteja preto, sempre sobram umas esperançinhas aqui, como da notícia agora de bater o recorde de colheita agrícola. É claro que o Brasil tem que evoluir, tem muito a avançar, mas também tem oportunidades como nunca vimos. É hora de olharmos pra dentro e de fazermos a nossa lição de casa.

Há uma espécie de revolução silenciosa (e saudável) acontecendo no mundo da mídia. É uma espécie de “redescoberta” do Brasil, uma vez que cresce a necessidade de dados sobre o interior do país.

Os profissionais de mídia brasileiros tomam por base os dados do “Marplan” (agora Ipsos-Marplan) para entender os hábitos da população.

Esses dados, tradicionalmente, eram apurados nos nove principais regiões metropolitanas (S. Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Brasília e Fortaleza). E sempre foram projetados como representativos da média da população brasileira – muito embora isso não seja exatamente o fato, é a praxe.

Dessa forma, praticamente todo planejamento de mídia nas agências começa por levantar a penetração dos meios no segmento de público que se quer atingir.

A boa nova deste ano é que não falamos mais de nove, mas sim de treze mercados, pois recentemente entraram Goiânia, Vitória, Florianópolis e o Interior de São Paulo.

Na saída dos nove pros 13, mesmo que se perca parte da história, pois nem tudo é comparável, o ganho em representatividade é considerável.

Olhando pros grandes números com base na análise do primeiro trimestre dos treze mercados e agora isso parece estar muito consolidado, podemos dizer que a penetração dos principais meios junto aos brasileiros se divide praticamente de três formas:

• a) quem fala com todo o mundo = só a TV (97%);
• b) quem fala com 3/4 = só o Rádio (74%) e
• c) quem fala com praticamente a metade da população, em geral mais qualificada = Internet (51%) / Jornal impresso e online (50%) / Revista impressa e online (46%) / DOOH (44%) e, em seguida, tendendo a se aproximar pelo crescimento mais recente, a TV por Assinatura (40%).

Desse retrato e olhando para a história dos trimestres anteriores, chama a atenção, além da estabilidade da TV Aberta, os crescimentos de TV Paga (contínuo), Revistas e DOOH (bem recentes) e Internet (agora mais devagar). Por outro lado, só o Rádio tem uma certa indicação de queda (de 78% para 74%).

Como a sede por informação no Brasil não para, a mais recente novidade é que até o final do ano, cinco novos mercados entrarão na análise de forma esporádica: Rondônia, Natal, Manaus, São Luiz e Interior do Rio Grande do Sul, o que vai ampliar o conceito de “Brasil” para permitir mais análises regionais.

Ufa, evolução à vista e ói nóis aquí tra vez!

*Geraldo Leite é sócio-diretor da Singular, Arquitetura de Mídia

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