Geraldo Leite
10 de outubro de 2013 - 8h51
Quando chega essa época do ano, o destino sempre bate em nossa porta.
É o tempo das metas, dos mitos, dos esforços cumpridos e premiados, mas, infelizmente também, dos sonhos que não deram certo.
É a tal hora da onça beber água.
Quando esgota o crédito, a crença, o verbo. Quando não tem bom dia, nem perdão.
A hora do vamos ver, dos resultados, do desempenho. Que envolve quem pensou, acreditou e apostou, com (ou contra) quem se dedicou, se sacrificou e se entregou.
Dependendo da área, se é um anunciante, agência ou veículo de comunicação, ainda dá um tempinho para o último respiro do ano: pode ser uma promoção já engatilhada, uma concorrência vencida que já está no ar ou ainda aquela cartada de audiência para ajudar a lotar o espaço ainda em 2013.
Mas os principais esforços já estão no próximo ano. Que cartada dar? Que equipe montar? Quem vai dirigir a operação?
Durante um curto período de tempo nós vamos ouvir notícias de grandes mudanças de dirigentes: uns que caem no caminho, uns que dão um passo para fora, para voltar mais forte e até mesmo, é verdade, uns que caem pra cima – exemplo: é desprezado em tal lugar e contratado a peso de ouro por um que não estava na história.
Em anos duros como o de agora, morrem pessoas e projetos que tinham que morrer, mas levam também de arrastão alguns “inocentes” por falta de paciência, maturação, ou até azar pela época e lugares errados.
Não são momentos animados, mas os tais momentos “animais” do mercado.
Em tempos assim, nessa época de muda, quando o jacú não pia, não tente papagaiar as suas ações ou cutucar o leão com a vara curta.
Porque se a porca torcer o rabo, pode dar zebra e é você quem vai pagar o pato.
* Geraldo Leite é sócio-diretor da Singular, Arquitetura de Mídia
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