Prática esportiva da Classe C e seus impactos econômicos
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Amir Somoggi
6 de abril de 2012 - 4h02
Em meu último post escrevi sobre a Indústria do Esporte e o perfil de geração de receitas. No texto citei a importância que a classe C terá nos próximos anos, para ampliar as receitas geradas com esporte no Brasil.
A consolidação de uma ampla classe média no Brasil já mostrou ter efeitos extremamente positivos para o país. O maior acesso ao consumo desses 100 milhões de brasileiros foi vital para que o país ficasse menos dependente do consumo das classes A e B e também possibilitou que diferentes setores fossem alavancados por esse contingente de consumidores.
Quando analisada a prática esportiva regular da população brasileira, item essencial para o fomento dos negócios no mercado brasileiro, fica claro que teremos que fazer um amplo trabalho para que a nossa classe C seja mais ativa na prática esportiva amadora.
No Brasil, a prática esportiva regular está muito concentrada em alguns grupos específicos de consumidores. Menos de um terço da população de uma forma geral pratica esportiva cotidianamente, com maior participação entre os mais jovens e os mais ricos.
O volume de pessoas que se exercita no Brasil somente vai crescer de forma contundente caso a Classe C incorpore de forma regular a atividade física, tanto entre os mais jovens, como entre os mais velhos.
Isso será determinante para que a Indústria Esporte no Brasil cresça, já que um contingente maior de praticantes reflete diretamente no consumo de produtos e equipamentos, além de gastos em clubes, academias, etc.
Assim, da mesma forma que a consolidação da Classe C foi fundamental para o desenvolvimento econômico do Brasil, será decisivo no fortalecimento do esporte como Indústria.
Além disso, como a classe C tem papel fundamental para influenciar o consumo das Classes D e E, a cultura de prática esportiva pode evoluir muito no Brasil, graças a esse processo.
Isso significará mais pessoas praticando esporte, o que resultará em um país mais saudável.
O desafio é fazer com que nossa classe média, além de ir ao shopping ou viajar, também enxergue no esporte uma atividade de entretenimento, como verificado nos consumidores brasileiros de alta renda.
Amir Somoggi é diretor de consultoria em gestão esportiva da BDO
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