Skol é mais valiosa da América Latina
Segundo ranking Brand Z, divulgado pela WPP e Millward Brown, marca da AB InBev cresceu 20%
Segundo ranking Brand Z, divulgado pela WPP e Millward Brown, marca da AB InBev cresceu 20%
Isabella Lessa
23 de setembro de 2015 - 3h20
A Skol é a marca mais valiosa da América Latina, segundo a quarta edição do ranking Brand Z, publicado pela WPP e Millward Brown. Depois de liderar a lista referente ao Brasil durante três anos consecutivos, a marca da AB InBev encabeça o ranking latino-americano pela primeira vez, com incremento de 20% em 2015, culminando seu valor de marca para US$ 8,5 bilhões.
Segundo Valkiria Garre, CEO da Millward Brown no Brasil, a posição alcançada pelo anunciante deve-se à junção de dois fatores: resultado financeiro e contribuição de marca para o consumidor. “A Skol se apropriou muito bem do ambiente noturno para se comunicar com o público e, particularmente, com os jovens, por meio da música. Normalmente, as marcas de cerveja seguem uma linha de comunicação ligada a atividades diurnas”, afirma.
A Corona, marca mexicana que liderou o ranking nos últimos dois anos, caiu para a segunda posição com um crescimento de 6% e valor de marca de US$ 8,47 bilhões. Também marcam presença entre as dez primeiras empresas do ranking a Brahma, que cresceu 17%, atingindo valor de US$ 4,18 bilhões, e os bancos Bradesco, com crescimento de 25% e valor de marca em US$ 5,20 bilhões, e Itaú, com variação de 28% e valor de marca em US$ 4,31 bilhões. “São marcas de setores que apresentam um bom desempenho mas que, além de terem melhorado o resultado financeiro, trabalham muito bem com o consumidor e investem muito em mídias digitais”, destaca Valkiria.
Outro player do segmento de bebidas, a Antarctica, também ganha destaque no ranking por ter apresentado o crescimento mais acelerado dentre as 50 marcas. A empresa atingiu uma alta de 62%, chegando a US$ 1,9 bilhão.
Apesar da crise econômica na região, o Top 50 chegou a US$132 bilhões, aumento de 2% em relação ao ano passado. No total, as marcas nacionais representam 24% do valor da compilação. As mexicanas, por sua vez, registraram crescimento de 34% para 37% nesse ano. Peru e Argentina elevaram sua fatia em um ponto percentual cada, contribuindo com 5% e 2%, respectivamente. Por sua vez, a participação do Chile apresentou queda de 20% para 15%, e a da Colômbia caiu para 15%.
Dentre as categorias de mercado, o B2B foi o que sofreu a maior retração, com queda de 34%, devido à baixa no preço dos commodities e os impactos provocados pela situação adversa da Petrobras. A companhia, que ocupou o posto de marca mais valiosa em 2012, ficou de fora da lista desse ano.
Para chegar ao resultado, a WPP encomenda informações financeiras e dados da Bloomberg e da Kantar Worldpanel, com opiniões dos consumidores coletadas por meio da avaliação de mil marcas em 34 categorias e com entrevistas a mais de 54 mil consumidores latino americanos.
Confira o ranking completo:
Compartilhe
Veja também
Os desafios das marcas da Zamp em 2025
Vice-presidente de marketing, Igor Puga analisa os principais pontos que a empresa trabalhará para Burger King, Popeyes, Starbucks e Subway no próximo ano
Edu Lyra: “Nossa luta é para que as empresas enxerguem as favelas com toda a sua potência”
Fundador da Gerando Falcões comenta o lançamento do livro “De Marte à Favela”, com Aline Midlej, e discorre sobre atual olhar das empresas sobre as favelas e as articulações junto ao terceiro setor