Tênis com entretenimento, a nova fase do Rio Open
Marcia Casz, diretora geral do torneio promovido pela IMM, conta detalhes do evento
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Teresa Levin
14 de fevereiro de 2019 - 9h31
Ele é um dos 13 campeonatos de tênis de nível ATP 500 e o principal torneio da modalidade na América do Sul. Este ano, trará ao país atletas como Dominic Thiem e Fabio Fognini e terá entradas que vão de R$ 30 R$ à 400. Lançado há seis anos pela IMM, o Rio Open começa neste sábado, 16, mais uma edição, desta vez com um investimento de R$ 30 milhões, informa Marcia Casz, diretora geral do torneio. Trazendo a força de quem tem o potencial de gerar um impacto de R$ 100 milhões na economia do estado do Rio de Janeiro, segundo dados de um estudo da Delloite encomendado pela organização, o Rio Open deve reunir 50 mil pessoas ao longo de oito dias, sendo os dois primeiros, os chamados Qualifying, com entradas gratuitas. Agora com um foco maior em proporcionar experiência, assumindo uma vertente de evento de entretenimento, ele tem mais uma vez a Claro como patrocinadora master mas apresenta uma importante mudança em seu time de patrocinadores: o Itaú, que esteve com o Rio Open desde sua primeira edição, dá lugar ao Santander, que firmou uma parceria de três anos com o evento. Confira abaixo trechos de uma entrevista com Marcia, na qual ela detalha o que será visto nos próximos dias e ainda fala da missão de popularizar o tênis e do objetivo de firmar patrocínios de longo prazo.
A aposta da Localiza em esporte e cultura
Marcia Casz – Estamos indo para a sexta edição, esporte é tradição e, em apenas cinco anos, o Rio Open virou uma tradição do Rio de Janeiro e do Brasil. Consideramos que os primeiros cinco anos foram de implantação e, a partir da sexta edição, vamos para uma fase em que o evento está mais maduro, é um novo capítulo. Ano passado ele se transformou em um evento de entretenimento e, daqui para a frente, queremos melhorar cada vez mais a experiência do torneio e atrair um público mais diversificado. Temos fãs do tênis mas também muita gente que conhece o tênis pela primeira vez e muitos que vem em função do entretenimento. Temos jogos de altíssimo nível, uma área interativa com gastronomia, música, exposição de arte e vários outros atrativos. Estamos criando um conceito novo também para esta edição da final, no domingo, 24. Independente de quem vai jogar, queremos que a sensação seja igual à final de Copa do Mundo: não importa quem vai jogar, hoje vou participar da final. Para isso, vamos ter uma programação diferente, o hino será cantando pela Iza, teremos apresentações musicais antes e depois, um mural com os nomes de quem comprou ingressos para a final. Nosso objetivo é consolidar o Rio Open não só como o maior torneio de tênis da América do Sul, mas como um dos principais eventos de entretenimento do Brasil.
Sobre os patrocinadores, o Rio Open tem uma relação sólida com vários deles, mas vocês tiveram uma importante mudança este ano, com a entrada do Santander no lugar do Itaú. Poderia comentar?
O Rio Open tem um índice de renovação dos patrocinadores muito alto. E reconhecemos um evento pelo nível de patrocinadores que estão dentro dele. Temos 80% de renovação e este ano tivemos a oportunidade de fechar com uma nova instituição financeira que é o Santander, e que temos muito orgulho. A estratégia deles está em linha com a do evento, o Santander está mais preparado para os novos passos de crescimento do Rio Open. Estamos muito alinhados nos objetivos e o Santander é um banco que tem a mesma imagem de prestígio, eficiência e efetividade do Rio Open. Ele se apropriou da marca Rio Open e o nosso desafio ao longo dos anos é mais do que fazer um simples um evento, mas sim criar uma marca poderosa. Queremos que ele seja desejável como os Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, Cirque du Soleil. E o Santander enxergou isso muito bem, em tudo que é lugar tem ativação deles, tem uma campanha ligada a tênis, compraram cotas de TV, vemos nas agências também a ativação. Estamos felizes com esta parceria e a relevância que o torneio tomou para eles. Um ponto importante é lembrar que é um contrato de três anos e estamos buscando contratos de longo prazo, coisa rara no Brasil. Temos alguns acordos internacionais com Emirates, Mubadala, Fedex, Pegeout, são marcas que estão fortemente associadas ao tênis internacional, com contratos de longo prazo, que é a cultura do mercado internacional.
Qual o peso do Rio Open no portfólio da IMM?
Altíssimo, ele é o principal evento esportivo da IMM, que é uma empresa que trabalha diversos assets. Hoje, no esporte, temos o Rio Open como principal evento e o UFC que a gente operacionaliza, produz. Também temos uma vertical que chamamos de Family Entertainment que tem o Cirque du Soleil que acontece de dois em dois anos; os musicais, em São Paulo; o evento de gastronomia Taste, também em São Paulo. Hoje o Rio Open é o único evento da IMM no Rio, hoje 90% dos ativos estão em São Paulo, há três anos era diferente.
A ideia é mantê-lo no Rio? Há uma ligação com a cidade?
O Rio Open tem uma ligação muito forte com o Rio. Mas um evento deste porte não sobrevive sem apoio da esfera estadual, do governo, trabalhamos muito com o apoio das leis de incentivo. Não temos contrapartida direta, investimento, patrocínio de governo ou prefeitura. Precisamos das leis de incentivo. Entrou um novo governo, precisaremos sentar com o novo governador para ver como ele vê o Rio Open, se é um evento de relevância para o estado, acredito que vá ser. É um evento que injeta mais de R$ 100 milhões na economia do estado, gera renda, emprego, turismo altamente qualificado. Exibimos imagens do Rio de forma positiva para mais de 130 países. Pretendemos continuar no Rio e fortalecer o evento cada vez mais, para atrair mais pessoas de todo o Brasil.
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