Disney+ já tem quase 130 milhões de assinantes no mundo
Plataforma de streaming adiciona 11,8 milhões de clientes no último trimestre do ano, ajudando a impulsionar as receitas da companhia
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Meio & Mensagem
10 de fevereiro de 2022 - 8h14
Com informações do Ad Age
Impulsionada pelo retorno da movimentação em seus parques temáticos, a Walt Disney Company divulgou nessa quarta-feira, 9, resultados financeiros que superaram as expectativas de analistas dos Estados Unidos.
A base de assinantes do Disney+, o principal serviço de streaming da companhia, segue em expansão e atingiu a marca de 129,8 milhões de pessoas no mundo, no quatro trimestre de 2021.
A receita da companhia no período foi de US$ 21,8 bilhões, superando a expectativa de analistas, de que alcançaria por volta de US$ 20,8 bilhões.
A grande surpresa dos resultados foi o desempenho do Disney+, que no último trimestre do ano passado adicionou 11,8 milhões de assinantes à sua base. Analistas de Wall Street haviam projeto que a quantidade de novos clientes da plataforma atingiria o número de 8,17 milhões de pessoas.
No terceiro trimestre de 2021, o Disney+ havia desacelerado seu ritmo de crescimento, tendo adicionado 2,1 milhões de novos assinantes à base, no período. O desempenho do último trimestre do ano, portanto, sinaliza uma importante recuperação.
Os parques temáticos da Disney também prosperaram no período, gerando uma receita operacional de US$ 2,45 bilhões, contra o prejuízo registrado no ano anteror. A receita com os parques, inclusive, dobrou no período, com a introdução de vários serviços extras para os frequentadores, como o Genie+, um sistema que permite que as pessoas paguem uma taxa extra para não ficar nas longas filas dos parques.
Assim como as outras empresas de mídia, a Disney aposta que o streaming será o futuro, uma vez que é cada vez maior o número de pessoas que cancela seus serviços de TV paga e adota o hábito de assistir programas de forma online. As perdas na divisão direct-to-consumer da Disney aumentaram para US$ 593 milhões devido aos investimentos em programação, marketing e aos custos de tecnologia.
O lucro da Disney na unidade tradicional de TV (que inclui os canais ESPN e ABC) caiu 13% no período, atingindo o montante de US$ 1,5 milhão. Nesse caso, os custos mais altos de produção e programação acabou superando a alta nas vendas de publicidade registrada pelos canais. O lucro da unidade de vendas de conteúdo da Disney, que inclui os filmes, caiu 44%, ficando em US$ 808 milhões, devido também à queda de frequência dos cinemas e o desempenho de filmes domésticos, que ficaram aquém do esperado. Alguns lançamentos do quarto trimestre do ano representaram decepção em bilheteria, como Amor, Sublime Amor e O Último Duelo.
O serviço de streaming Disney+ pode ter se beneficiado do sucesso de Encanto, animação lançada na plataforma no Natal. O filme teve um desempenho modesto em termos de bilheteria, mas registrou um grande sucesso no streaming, tornando-se o longa mais assistido da Disney+, no período de duas semanas após o lançamento, de acordo com dados da Nielsen. Tanto o álbum da trilha sonora do filme quanto a música “We Don´t Talk About Bruno” estão liderado os rankings da Billboard.
No último trimestre, o Disney+ também teve o lançamento das séries The Beatles: Get Back além de O Livro de Boba Fett, do universo Star Wars.
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