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Facebook criará comitê externo para avaliar postagens

Rede social terá estrutura independente responsável por proteger a plataforma de discursos de ódio, notícias falsos e outros temas delicados


29 de janeiro de 2019 - 16h20

(Crédito: Reprodução)


*Do Advertising Age

O Facebook revelou que está montando um conselho externo independente que terá autoridade para regular os tipos de postagens permitidas. É uma tentativa de isolar a plataforma de questões mais espinhosas a respeito do conteúdo postado, estabelecendo novas políticas sobre mensagens com discursos de ódio, nudez e outros assuntos delicados.

O anúncio, feito nesta segunda-feira, 28, revela que o novo comitê tomará as “difíceis decisões a respeito do tipo de conteúdo que poderá ser mantido e de quais deverão ser retirados”, de acordo com a rede social.

O Facebook declarou que obedeceria às novas regras estabelecidas pelo Conselho, a menos que houvesse ramificações legais. “O comitê poderá mudar as decisões do Facebook a respeito da permissão ou da remoção das postagens na plataforma. O Facebook aceitará e implementará as decisões do board”, prometeu a empresa.

O exato poder desse board nas estratégias da rede social ainda não foi bem detalhado. Não está claro, por exemplo, se o grupo também irá tomar decisões a respeito das contas banidas ou se apenas irá supervisionar as postagens.

O Comitê, que se acordo com a rede social será montado até o fim do ano, será formado por aproximadamente 40 pessoas especializadas em assuntos como liberdade de expressão, direitos civis, privacidade, jornalismo e outros temas relacionados, de acordo com a rede social.

No ano passado, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg e a COO, Sheryl Sandberg testemunharam separadamente perante o Congresso e responderam a questões a respeito da forma como a rede social classifica seu conteúdo.

O debate a respeito do controle de conteúdo na rede social pode ser bem representado pelo caso de Alex Jones, um conspirador que teve de remover diversos vídeos e postagens e teve, também, sua conta banida da rede social. Para muitos conversadores, Jones é visto como um mártir da liberdade de expressão, enquanto seus críticos o veem como alguém que cria mentiras e intimida pessoas via online, como os pais de crianças vítimas de tiroteios em escolas. Jones foi processado por difamar os pais das crianças envolvidas no massacre da Sandy Hook Elementary Scholl, chamando-se de “atores da crise”.

O Facebook tem trabalhado com agências de checagem de fatos para ganhar expertise a respeito da procedência das notícias e histórias postadas. As notícias publicadas na plataforma têm sido uma das maiores preocupações da companhia desde as eleições estadunidenses de 2016, quando sites de notícias falsas trabalharam para disseminar propaganda e desinformação nas redes sociais.

A empresa vem lutando para resolver esses problemas desde então, procurando colocar limites para os discursos políticos tóxicos e tirando do ar redes ou contas falsas cujo trabalho seja disseminar conteúdo inverídico. Twitter e YouTube têm enfrentando uma situação semelhante em relação ao conteúdo fraudulento, situações de assédio e discursos de ódio. O Facebook, no entanto, parece ser a primeira das empresas a considerar a possibilidade de passar essa importante tarefa de gestão de conteúdo a uma companhia independente.

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