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“Nossos clientes estão felizes sem publicidade”
Em visita ao Brasil, Reed Hastings, CEO da Netflix, reforça que o modelo de negócios da empresa não muda e anuncia a nova série original Samantha
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Luiz Gustavo Pacete
7 de fevereiro de 2017 - 11h25
Reed Hastings, nesta terça-feira, 7, em São Paulo
As receitas vindas de assinatura serão suficientes para manter o ritmo de investimentos em conteúdo original da Netflix. É o que acredita Reed Hastings, CEO da plataforma, ao responder ao Meio & Mensagem sobre a possibilidade de criar novos modelos de negócios e considerar a inclusão de publicidade em seu conteúdo. “Nossos assinantes estão felizes justamente por não termos publicidade e não há intenção de mudar esse modelo”, disse Reed.
Em visita inédita ao Brasil, Reed falou com um grupo de jornalistas e ressaltou os investimentos em conteúdo original no Brasil ressaltando a repercussão da série 3%, primeira produzida no País. “Estamos investindo maciçamente na América Latina e no Brasil”, disse Reed. O executivo anunciou em primeira mão o lançamento da série de comédia Samantha, sobre uma jovem que se envolve com um ex-jogador de futebol que passou dez anos na prisão. “Essa série reflete a cultura brasileira pelo mundo.” A produção é das Losbragas e as gravações começam já em 2017. O executivo também comentou os preparativos para a série sobre a Operação Lava Jato com direção de José Padilha e a segunda temporada de 3%.
Questionado se a plataforma tem planos de investir em modelos como telenovelas e programas inspirados em religião no Brasil, ele ressaltou que não há nada específico sobre o assunto, mas destacou que o objetivo da Netflix é produzir conteúdo original que possa ser sucesso em outros países do mundo. “O Brasil é um foguete, é isso que digo a meus investidores.”
Foco em investimentos
Pouco mais de cinco milhões de assinantes no Brasil. Essa é a base da Netflix por aqui, segundo estimativas de mercado. O que coloca o País como o terceiro mais importante da plataforma atrás de Estados Unidos e Reino Unido. De acordo com os dados de 2016, divulgados em janeiro pela Netflix, a receita global foi de US$ 8,3 bilhões, alta de 35% em relação ao ano anterior em um total de 93,8 milhões de assinantes em todo o mundo. No primeiro trimestre de 2017, a empresa projeta 5,2 milhões de novos clientes, sendo 1,5 milhões nos EUA e 3,7 milhões no mercado internacional.
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