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Novas APIs do Facebook alteram dinâmica de monitoramento

Após o caso Cambridge Analytica, plataforma passou a restringir dados púbicos de usuários mudando a rotina de serviços como Stilingue, Squid e Airfluencers


6 de junho de 2018 - 8h00

 

O acesso à API de plataformas como Facebook, Twitter e Instagram são de extrema relevância para as empresas de monitoramento (Crédito: Freestock)

Desde que veio à tona o caso Cambridge Analytca, em março deste ano, quando constatou-se que os dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook foram utilizados para fins políticos, a plataforma vem mudando sua política de coleta e gestão de dados. Outra mudança importante, vinda com o início da GDPR, Lei de Dados da União Europeia que passou a vigorar em 25 de maio, também tornou mais rígida a forma como a plataforma faz a gestão dos dados de usuários. E essas mudanças tiveram impacto direto em empresas de monitoramento como Stilingue, Squid e Airfluencers.

Carlos Tristan, CMO da Squid, explica que, desde que tornou-se pública a questão da Cambridge Analytica, o Facebook começou a implementar mudanças em suas APIs (padrões de programação abertos para acesso a um aplicativo de software ou plataforma baseado na web) a fim de restringir o acesso relativo a dados públicos de seus usuários. “Isso impactou empresas que utilizam o Facebook e o Instagram para realizar algum tipo de monitoramento, como busca por palavras-chave, mesmo que esses dados sejam públicos”, afirma.

Tristan reforça que, na prática, as mudanças trouxeram restrição na forma como as informações são coletadas. “As empresas terão de encontrar alternativas para continuar a fornecer dados relevantes para seus clientes. No nosso caso, como somos uma empresa de tecnologia e que utiliza as APIs dessas redes para operar todas as etapas de uma campanha com influenciadores, tivemos que rever estratégias e alguns de nossos serviços para nos adaptar às mudanças, chegando a descontinuar recursos que já eram pouco utilizados.”

Rodrigo Helcer, CEO da Stilingue, explica que, uma das mudanças de maior impacto para a forma como se mede métricas nas redes sociais está relacionada ao acesso de informações não proprietárias. “Agora, as práticas até então preocupadas com Share of Voice (SoV) passam a valorizar o Share of Earned Media (SoE). Enquanto o primeiro mira na voz da marca, o segundo mira na percepção da audiência”, afirma Rodrigo.

Já Rodrigo Soriano, CEO da Airfluencers, afirma que as informações que não estão mais disponíveis são aquelas  que não eram diretas dos perfis e sim de seus amigos ou seguidores quando comentavam. “Isso para a frente de conteúdo e algumas análises de influenciadores nos atrapalhou um pouco, mas é preciso se adequar sempre às mudanças e evoluir”, afirma Soriano. Em relação a pontos positivos, Soriano explica que as mudanças representam uma evolução que, mesmo que tire a flexibilidade na análise de dados, qualifica as informações e o serviço que passa a ser oferecido.

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