O que a nova fase do Twitter diz sobre o futuro do esporte
Plataforma concentra esforços em transmissões esportivas e parcerias de conteúdo em um momento que o marketing esportivo é pautado pelo engajamento
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Luiz Gustavo Pacete
11 de julho de 2017 - 7h38
De todos os brasileiros que acessam o Twitter, 80% se interessam por esportes. E é com base nesse dado que a plataforma está deixando claro ao mercado sua nova fase. Em um evento realizado na tarde desta segunda-feira, 10, em São Paulo, direcionado a marcas, o Twitter reforçou sua estratégia de conteúdo esportivo.
“O Campeonato Brasileiro é o segundo evento esportivo mais tuitado no mundo atrás apenas da Champions League. O Brasil é o 4º pais que mais tuita sobre NFL fora da América do Norte. Todos esses números nos mostram o potencial e a importância do esporte”, disse Pitter Rodriguez, diretor de parcerias de esportes do Twitter. A empresa revelou que seu foco nessa área será ampliar a oferta de conteúdo esportivo premium e a parceria com empresas de mídia que já somam mais de 300 em todo o mundo.
O reforço do Twitter em sua estratégia esportiva sinaliza mudanças importantes que vêm ocorrendo no consumo de conteúdo de esportes e isso também envolve o YouTube e o Facebook. Na semana passada, uma matéria da Bloomberg apontou que Facebook, Twitter e Snap negociam os direitos de foto e vídeo da Copa da Rússia 2018.
Em maio deste ano, Sergio Floris, diretor de entretenimento do microblog, ao comentar as parcerias fechadas com vários grupos de mídia, ressaltou a importância do conteúdo premium para a plataforma. “O crescimento na base de usuários do Twitter tem relação com a evolução da plataforma e, sobretudo, da estratégia de buscar parceiros de conteúdo”, disse Floris.
Com base na estratégia do Twitter, seguem alguns pontos importantes sobre a mudança na maneira como se consome conteúdo esportivo.
Complemento
Ainda que Twitter, Facebook e YouTube acabem concorrendo diretamente com as empresas de mídia, as plataformas de tecnologia vêm cobrindo transmissões alternativas ou de campeonatos que até então não eram rentabilizados. No discurso de todos e, principalmente do Twitter, o argumento é que as redes sociais complementam a experiência do fã de esporte acompanhar seus eventos de forma interativa.
A força do ao vivo
Ainda imbatível diante da ameaça de serviços de streaming como a Netflix, o conteúdo ao vivo continua sendo o que mais faz sentido para ser visto na televisão. Ele vem sendo cada vez mais valorizado e levando essas plataformas, inclusive o Twitter, a apostar em cada vez mais conteúdo ao vivo.
Twitter busca vocação como primeira tela
O poder dos fãs
Se na época do esporte somente na TV os fãs não tinham voz, a capacidade de interação e proximidade com os clubes, atletas e comentaristas fez com que os fãs passassem a ganhar um novo papel nesse ecossistema.
O conteúdo de bastidores
Ainda que o ao vivo continue sendo o conteúdo principal, tudo o que é produzido em seu entorno como concentração, pré-jogo e outros formatos são cada vez mais procurados pelos fãs.
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