Ritmo de crescimento da Netflix cai no primeiro trimestre
Após o melhor ano da história em 2020, plataforma de streaming conquista menos assinantes do que o previsto nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021
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Meio & Mensagem
22 de abril de 2021 - 6h00
O ritmo de crescimento de sua base de assinantes que a Netflix conseguiu ao longo da pandemia não se manteve tão animador no primeiro trimestre de 2021. Dados relevados pela companhia mostram que, nos meses de janeiro, fevereiro e março, a Netflix adicionou 3,98 milhões de novos assinantes, número bem abaixo da previsão dos analistas de Wall Street, que estimavam um aumento de 6,29 milhões de assinantes (e das estimativas da própria Netflix, que previa a adição de 6 milhões de clientes no período).
Após a divulgação dos números do primeiro trimestre, as ações da plataforma de streaming caíram 13%. Os dados do primeiro trimestre fizeram a companhia rever as previsões para os meses de abril, maio e junho. Para o segundo trimestre, a Netflix, anteriormente, estimava ampliar sua base e 4,44 milhões de assinantes. Agora, a previsão foi recalculada para 1 milhão de novos assinantes.
A plataforma já havia anunciado que o ritmo de crescimento desaceleraria conforme as pessoas fossem saindo do período de isolamento imposto pela pandemia da Covid-19. Ainda assim, não havia a expectativa de uma queda tão dramática. O primeiro trimestre de 2020 foi o melhor da história da companhia, com a conquista de 15,8 milhões de novos assinantes. Já os últimos três meses do ano passado acabaram sendo um dos mais fracos da história da Netflix, ficando próximo do ritmo registrado em 2013, quando 3 milhões de novos assinantes foram adicionados à base.
A Netflix atribuiu à pandemia a forte expansão de sua base de assinantes no ano passado, já que, por terem de passar mais tempo dentro de casa, as pessoas tiveram de buscar alternativas de entretenimento para assistir. A mudança de comportamento, agora, começa a afetar os resultados de 2021. A menor quantidade de estreias também contribui para a queda de novas assinaturas, segundo a empresa. Ao contrário do último trimestre de 2020, no início deste ano a Netflix não lançou sucessos como O Gambito da Rainha e Bridgerton.
A produção de conteúdo da plataforma desacelerou no primeiro trimestre desde ano por conta das limitações impostas pela pandemia, que acabou atrasando o cronograma das produções. Durante os primeiros meses de distanciamento social, no ano passado, a Netflix conseguiu manter seu cronograma de lançamentos porque já havia finalizado as gravações de alguns projetos.
A Netflix rejeitou a ideia de que a concorrência teria sido responsável pela sua desaceleração, observando que o ritmo de seu crescimento caiu em todo o mundo. Alguns serviços concorrentes, como HBO Max, Disney+ e Peacock não competem com a Netflix em alguns mercados. Ainda assim, a plataforma vem enfrentando uma rivalidade maior no segmento de streaming e alguns dos serviços oferecidos pelos concorrentes são mais baratos.
Apesar da queda, a posição financeira da Netflix é a melhor de sua história. A companhia reportou um lucro líquido de US$ 1,71 bilhões, mais do que o dobro obtido no mesmo período do ano passado e conseguiu um fluxo de caixa de US$ 692 milhões no primeiro trimestre. Embora parte desses resultados se deva à paralisação das produções, os dados também refletem a maior força da companhia. O serviço de streaming tem se tornado mais lucrativo em alguns mercados, como a Coreia do Sul. A companhia planeja reduzir sua dívida e recomprar US$ 5 bilhões em ações.
A Europa continua sendo um mercado promissor para a companhia. A plataforma conseguiu adicionar 1,81 milhão de novos assinantes na Europa, Oriente Médio e Africa. A série mais popular da companhia no trimestre foi Lupin.
Com informações do Advertising Age e da Bloomberg
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