Twitter aberto para negócios
Operação brasileira investe em giro por agências e anunciantes, estimula criatividade nas estratégias das marcas na rede e aposta fichas em TV social e nas empresas de médio porte
Operação brasileira investe em giro por agências e anunciantes, estimula criatividade nas estratégias das marcas na rede e aposta fichas em TV social e nas empresas de médio porte
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20 de fevereiro de 2013 - 6h40
Com um escritório ainda provisório e com vagas a preencher, o Twitter está se organizando para crescer no Brasil, um dos cinco mercados mais importantes para a rede. E essa meta passa pela consolidação de sua equipe comercial e discussão de projetos com grandes anunciantes e agências e com empresas de médio e pequeno porte. Esses são os dois pilares apresentados nesta quarta-feira, 20, no segundo encontro de jornalistas feito pelo Twitter Brasil desde que foi oficialmente lançado em São Paulo, em dezembro passado (leia mais aqui). Embora não sejam revelados números por país, a empresa informa que os brasileiros são a força motriz da expansão na América Latina, região que responde por 16% da base global de usuários (cerca de 32 milhões de pessoas).
“Estamos lançando a operação comercial e trabalhando com agências e anunciantes para falar da plataforma de negócios que oferecemos. Também estamos nos preparando para as empresas médias”, disse Guilherme Ribenboim, diretor-geral do Twitter Brasil. Na terça-feira, 19, a equipe tinha se reunido com representantes de agências e de anunciantes em um road show. “O mercado ainda tem muito a conhecer. Estamos mostrando as oportunidades que o Twitter oferece para amplificar os esforços já feitos pelos anunciantes”, contou o executivo.
Para evidenciar uma dessas possibilidades, o norte-americano Joel Lunenfeld, vice-presidente de estratégias de marcas globais, abordou o avanço do Twitter nos dispositivos móveis. Segundo ele, 60% dos usuários no mundo já acessam a rede por meio de celulares e tablets – esse índice está em 80% no Reino Unido. Em relação ao Brasil, ele salientou a forte relação do público com a TV, o que abre mais um caminho promissor, que é a TV social (com os usuários comentando atrações em tempo real e com os veículos planejando estratégias voltadas para o microblog com a meta de impulsionar a audiência).
Guy Yalif, diretor de marketing B2B, que também veio dos Estados Unidos para a apresentação da operação comercial, mostrou alguns cases para reforçar esse lado. Citou a hashtag #oioioi (ligado à novela Avenida Brasil) que virou Trending Topic mundial. Mencionou ainda o uso desse recurso pelo programa X-Factor inglês, que colocou no ar uma hashtag no meio da apresentação de uma candidata, elevando os comentários. “As marcas estão fazendo com que seus investimentos na TV rendam mais”, observou Yalif. Ele afirmou que metade das empresas que anunciaram durante os intervalos do Super Bowl deste ano utilizava alguma hashtag em seus filmes.
Yalif recorreu ao trabalho de duas montadoras para mostrar usos criativos dessa ferramenta. A Audi com seu #SoLongVampires, que fechava um comercial exibido no Super Bowl 2012, e a Mercedes Benz com #YouDrive, que abriu para o público a possibilidade de definir o final do filme, transmitido ano passado no break do X-Factor inglês. “O mercado brasileiro está começando a exercitar esse lado, fazendo com que as campanhas continuem no Twitter”, completou Ribenboim, mencionando Correios, CVC e Devassa.
Ao apresentar as propostas comerciais para futuros parceiros, o Twitter avalia os propósitos das marcas. Os motivos variam entre crescer a base de seguidores, estimular a conversação com o público ou divulgar produtos e serviços (banners, por exemplo, não entram no pacote). Dentre os formatos estão promoted tweets e promoted trends.
Restaurantes, promoções e API
Ex-Google, o norte-americano John Ploumitsakos, diretor de vendas para médias empresas, disse que há 4,5 milhões de negócios com perfis no Twitter. Os segmentos que mais atraem o interesse dos usuários são restaurantes e o varejo. Para as empresas de porte médio, segundo Ploumitsakos, estar na rede não se restringe a marcar a presença da companhia no site. Elas buscam falar mais com seus clientes e transformá-los em embaixadores da marca. De acordo com o executivo, metade dos usuários segue mais de seis empresas na rede.
Ploumitsakos apresentou os principais motivos que levam essas pessoas a seguir as companhias: descontos e promoções, conteúdo exclusivo, updates e produtos que serão lançados, e diversão e entretenimento.
O Twitter Brasil não revela quanto pretendem faturar com cada um desses pilares. De todo modo, estão procurando se aproximar das 40 principais agências do País e dos 200 maiores anunciantes no Brasil. “Temos muito a fazer aqui, a começar por um bom trabalho de educação. Um dos nossos primeiros objetivos é mostrar como se pode ser criativo no uso do Twitter. Queremos demonstrar também que as empresas podem ter grandes resultados ao utilizar nossas ferramentas de target”, reforçou Joel Lunenfeld.
Nos Estados Unidos, o Twitter lançou a API para publicidade, um projeto que vem sendo testado desde janeiro. Com isso, a rede quer oferecer ao mercado mais opções de fazer a comunicação das marcas na plataforma. “Há mais ferramentas no arsenal que ajuda as empresas a entregar a mensagem correta para a audiência correta, seja no desktop ou nos equipamentos móveis”, informou a rede por meio de seu blog oficial.
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