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Novos protagonistas

Nascidos em nichos de interesse específico nas redes sociais, criadores de conteúdo e influenciadores estouram suas bolhas, diversificam produções, engajam públicos maiores e atraem mais investimentos das marcas


1 de agosto de 2023 - 14h00

De acordo com a Nielsen, 71% dos consumidores acreditam mais em publicidade, opiniões e produtos apresentados por influencers.

Na publicidade, a presença de creators e influencers é uma constante visível em praticamente todos os esforços de comunicação comercial (Crédito: Divulgação)

A jornada de profissionalização do marketing de influência transcorre acelerada e em paralelo a diversas outras transformações que impactam o consumo de mídias e plataformas, a criação e a produção cultural e a inserção de estratégias comerciais de marcas no conteúdo de entretenimento. Nesse contexto, o crescente poder exercido pelos criadores de conteúdo e influenciadores na geração de engajamento e de negócios extrapolou as redes sociais. Talentos gerados nessas plataformas digitais são cada vez mais requisitados para produções na TV, no streaming, no cinema e na música.

A esse movimento é dedicado o primeiro capítulo da quarta temporada da série Creators & Influencers, que Meio & Mensagem publica anualmente desde 2020. A reportagem especial das páginas 22 a 25 trata de casos como os de Luccas Neto, Pequena Lo, Diva Depressão e Juliette Freire, alguns dos nomes que surgiram nas redes sociais e conquistaram relevância estratégica no mercado de entretenimento. Para responder ao novo status, eles investem em empresas próprias para gestão de carreiras, criação de conteúdos audiovisuais, atração de parcerias comerciais e investimentos das marcas. A maior exposição traz também o desafio
de se adaptarem a novas audiências e de dialogarem com um público mais heterogêneo, fora das bolhas de fãs que muitas vezes se formam no ambiente digital — embora, nesses casos, as bolhas sejam gigantes, com milhões de seguidores, que são justamente a base para novos voos.

O projeto Creators & Influencers prossegue nas próximas quatro edições abordando o lançamento pelos influenciadores de produtos próprios ou em parceria com marcas; o aumento da concorrência no mercado de agências de marketing de influência e de projetos de cocriação; o impacto das mudanças constantes nas tecnologias dos algoritmos e nas políticas dos selos de verificação das redes sociais nos negócios dos influenciadores; e o papel dos streamers e influencers de games na expansão dos eSports. Assim como Juliette Freire nesta edição de estreia, cada um dos próximos capítulos publicados semanalmente trará entrevistas com influenciadores de sucesso, como a jornalista Bruna Tavares e o streamer Gaules.

A partir desses temas e personagens, o especial Creators & Influencers chega à sua quarta temporada mantendo a proposta de acompanhar o desenvolvimento do mercado brasileiro de marketing de influência. Multiplataforma desde o início, o projeto inclui, ainda, uma série de cinco episódios em vídeo, postagens nas redes sociais e o site meioemensagem.com.br/ creatorsinfluencers, que consolida todo o conteúdo e pelo qual é possível acessar as três temporadas anteriores.

A série em vídeo estreia nesta semana com entrevistas com creators e especialistas neste segmento debatendo o investimento em estruturas próprias de atendimento aos anunciantes e produção de conteúdo, como a youtuber Fernanda Catania, conhecida como Foquinha. Nos quatro episódios seguintes, serão abordados a migração dos influencers para o universo dos podcasts; o engajamento conquistado nas redes por profissionais de áreas como medicina, nutrição e odontologia; a crescente onda dos cleanfluencers, os influencers que falam sobre limpeza; e o impulso que o ascendente mercado de games dá aos streamers.

Na publicidade, a presença de creators e influencers é uma constante visível em praticamente todos os esforços de comunicação comercial. Lançado neste mês por Meio & Mensagem e Ipsos, o Effie Report 2023, que analisa os cases inscritos e vencedores do Effie Awards Brasil 2022, traz uma conclusão animadora para o marketing de influência: campanhas mais efetivas investiram mais no uso de influenciadores. Eles estão em 71% dos cases inscritos e não premiados, mas em 77% das campanhas finalistas e em 80% das ganhadoras de Ouros, Pratas ou Bronzes. Estratégia que, como comprova o estudo, está deixando as campanhas mais empáticas, diversas e inclusivas, e, assim, ajudando as marcas a estabelecerem diálogos mais legítimos e conexões mais genuínas com o público.

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