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Metaverso deve inaugurar nova fase do social commerce

Executivos da MLabs e OmniChat apontam que, entre conteúdo e texto, plataformas evoluíram para oferecer espaço ao comércio social e são referências em canal de vendas


30 de novembro de 2021 - 6h03

As comunidades visando o relacionamento e conexão entre as pessoas já não são mais características o suficiente para definir as redes sociais. Entre o entretenimento, diversas ferramentas impulsionaram o surgimento de criadores de conteúdo, o que revolucionou o conceito para mídias sociais e até mesmo incentivou o posicionamento pelo nome, tal qual acontece com o Pinterest e o TikTok. Contudo, a revolução mais recente, e uma das mais impactantes, parece ter sido a do comércio, inaugurando uma nova categoria: o social commerce. 

Social commerce vai além do simples comércio pelas redes sociais (Crédito: Chinnapong/shutterstock)

Segundo pesquisa da Social Miner, 74% dos consumidores fazem uso das redes sociais para realizar compras, enquanto 37% já têm a prática como hábito mensal. Além disso, a tendência é que seja cada vez mais lucrativo. O segmento deve movimentar, na China, US$ 351 bilhões este ano, enquanto nos Estados Unidos o faturamento pode atingir US$ 36,62 bilhões, conforme indica a consultoria eMarketer. Ainda que tímido no Brasil, o comércio social já é amplamente usado pelas marcas

“Temos o comércio eletrônico como uma das formas de ajudar na retenção [de usuários], dando às plataformas a oportunidade de monetizarem não apenas com anúncios, mas com as transações que já aconteciam de forma informal, no direct e no inbox”, diz Rafael Kiso, fundador e CMO na Mlabs, plataforma de gestão para redes sociais, sobre a evolução das plataformas. “Elas são colaborativas, não top down; peer-to-peer e todo mundo pode participar e colaborar com o aspecto de rede, em que as pessoas interagem”, explica o executivo, sobre a dinâmica do social commerce.

Plataformas como o Instagram e Facebook são as mais conhecidas no imaginário do consumidor quando se fala sobre social commerce. Contudo, existem outras que fogem do senso comum. O CEO da Mlabs chama a atenção para plataformas como WhatsApp e Telegram. O primeiro deles, por exemplo, está presente no smartphone de 99% dos brasileiros, segundo pesquisa da Infobip, plataforma de comunicação omnichannel, desenvolvida pela Opinion Box junto ao Mobile Time. Dessa amostra, 80% utilizam o canal para se comunicar com marcas para buscar informações (82%), obter suporte técnico (68%) e, de fato, comprar produtos e serviços (57%).

Tais plataformas se encaixam no chamado c-commerce, que se posiciona sobre o guarda-chuva do social commerce. “Segundo o próprio Facebook, é o e-commerce conversacional, onde o usuário entra no aplicativo de mensagem e tem a oportunidade de falar com um bot ou uma pessoa e comprar com base em diálogos e intenções”, detalha Kiso. 

Empresas como a OmniChat dedicam-se a esse segmento. “[O c-commerce] É, na verdade, um caminho natural. A mudança comportamental começou há algum tempo, com as pessoas parando de ligar umas para as outras e aderindo às mensagens como forma de comunicação principal”, descreve Mauricio Trezub, CEO da OmniChat. “A revolução é tão evidente que vemos grandes aplicativos pensando nesse tipo de negócio e adotando novas funcionalidades, como o WhatsApp Business API e o Facebook Messenger, para que o consumidor consiga ter a facilidade de contatar um atendente de sua marca favorita, sem precisar do esforço de se dirigir até a loja física ou ficar procurando um número de telefone no site”, acrescenta. 

Mesmo que o canal seja efetivo, a omnicanalização é fundamental. Trezub salienta que, como em qualquer estratégia, o consumidor é o rei da experiência. De acordo com o CEO, a integração de canais facilita a personalização do atendimento ao consumidor, uma vez que a marca terá fácil acesso ao histórico do cliente com base na conversação em outros meios , sempre com a mesma qualidade de atendimento. E complementa que, segundo o Facebook, 64% das pessoas dizem que preferem mensagens a ligar para uma empresa.

O que o futuro reserva?
Como indicado por Kiso, a evolução das mídias é constante. Nesse sentido, a indústria vem assistindo a mais uma revolução tecnológica: a do metaverso — acelerada em grande parte pela mudança de nome do Facebook Inc para Meta. O novo mundo, segundo o executivo, se mostra análogo à realidade, em que os usuários poderão socializar, trabalhar e, consequentemente, comprar, inaugurando nova fase para o social commerce, aliado a outros recursos, como blockchain, NFTs, criptomoedas e social tokens. O Bank of America já incluiu a realidade virtual entre as 14 tecnologias que irão revolucionar a vida da sociedade. “Esses universos vão sendo agregados às plataformas de mídias sociais e vão sempre herdar os aspectos sociais, de creators e de content commerce” finaliza o executivo da Mlabs. 

*Crédito da  imagem do topo: Blue Planet Studio/shutterstock

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