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O papel das martechs no marketing sensorial e neuromarketing

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O papel das martechs no marketing sensorial e neuromarketing

Para Maciel Eustaquio, CEO da Kenaz, as startups que atrelam tecnologia ao marketing ajudam a trazer mais agilidade e redução de custos na criação de experiências que aguçam os sentidos


9 de junho de 2021 - 6h00

Tato, olfato, paladar, visão e audição. O marketing sensorial busca estimular os cinco sentidos do corpo humano e, assim, criar uma atmosfera propícia para as vendas. Usada há anos, principalmente pelas grandes marcas, a estratégia tem ganhado um reforço por parte das martechs. O que, antes, demandaria um investimento de tempo e investimento considerável para as empresas na implantação de processos que constituem a tática, hoje, com soluções de startups há mais agilidade e redução de custos. O marketing sensorial está conectado com o neuromarketing, já que ambos trabalham com a percepção das pessoas. “Dentro do neuromarketing, existem ações que buscam ativar os neurônios-espelho. Para se ter uma ideia do poder dos neurônios-espelho, experimente ver uma pessoa bocejando. A vontade de bocejar em você é ativada quase que imediatamente. Outra estratégia são os marcadores somáticos. Este último é muito usado por empresas alimentícias, em especial, fast-foods”, explica Maciel Eustaquio, CEO da Kenaz, empresa que une tecnologia ao marketing a fim de auxiliar no monitoramento e otimização de resultados de campanhas e marcas na internet.

Com exclusividade ao Meio & Mensagem, o profissional afirma que o data driven é a próxima tendência do segmento de publicidade. “Isso, porque, com o grande volume de informações atualmente, e, também, com essa pandemia que estamos vivenciando, é preciso ter resultados mais sólidos em marketing e, para isso, as ações das empresas precisam ser orientadas por dados”.

 

Maciel Eustaquio, CEO da Kenaz (crédito: divulgação)

Meio & Mensagem – No que consiste o marketing sensorial e em que pé está no Brasil?
Maciel Eustaquio – Basicamente, o marketing sensorial tem a finalidade de ativar as emoções certas para os potenciais clientes das empresas. Além de aumentar vendas, os outros objetivos são gerar mais empatia da marca com seu público e entender o comportamento das pessoas baseando-se em suas emoções. O marketing sensorial já é utilizado, há um bom tempo, no Brasil, contudo, por grandes marcas. Acredito que a dificuldade no desenvolvimento do marketing sensorial seja mais para as pequenas e médias empresas, que ainda estão no início do seu processo de entendimento do público-alvo. Isso, porque muitas empresas ainda possuem uma equipe enxuta, dentro dos seus processos internos. Marketing sensorial exige muito teste e muita análise, para que as ações tenham os resultados esperados.

M&M – Como uma martech pode trabalhar marketing sensorial?
Maciel – Existem diversas formas para se trabalhar com o marketing sensorial. Claro que não podemos esquecer que cada segmento tem suas particularidades. Por exemplo, depoimento nas redes sociais, uma imagem bem detalhada de seu produto ou vídeo e por aí vai. O motivo é simples. É aumentar a percepção de valor entre o seu público-alvo e a sua marca.

M&M – Como o marketing sensorial e o neuromarketing estão conectados?
Maciel – Eles estão conectados, porque ambos trabalham com a percepção das pessoas. Dentro do neuromarketing, existem ações que buscam ativar os neurônios-espelho. Para se ter uma ideia do poder dos neurônios-espelho, experimente ver uma pessoa bocejando. A vontade de bocejar em você é ativada quase que imediatamente. Outra estratégia são os marcadores somáticos. Este último é muito usado por empresas alimentícias, em especial, fast-foods.

M&M – Qual ferramenta será tendência, no Brasil, no marketing digital?
Maciel – Como tendência de marketing digital, no Brasil, gosto de pontuar muito o data driven. Isso, porque, com o grande volume de informações atualmente, e, também, com essa pandemia que estamos vivenciando, é preciso ter resultados mais sólidos em marketing e, para isso, as ações das empresas precisam ser orientadas por dados. Dessa forma, poderão otimizar seus investimentos e impactar seus potenciais clientes positivamente. Seja por meio das redes sociais, e-mail marketing, mídia paga ou qualquer outra ação de marketing digital.

M&M – De qual forma as martechs estão contribuindo com evolução das marcas?
Maciel – De diversas formas. Existem aproximadamente mais de 700 martechs, no Brasil. Cada uma focada em soluções que, hoje, seriam um tabu para muitas empresas. A Kenaz por exemplo, consegue oferecer inteligência de dados, por meio de seus dashboards para pequenas e médias empresas a um custo bem reduzido. O que, antes, seria um investimento de tempo e investimento considerável para as empresas na implantação desses processos, tecnologia e recursos, hoje, com as martechs é convertido em agilidade e redução de custos.

*Crédito da foto no topo: Little Visuals/Pexels

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