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SXSW

Inteligência artificial e criatividade

Inteligência artificial vai melhorar nossa criatividade?


9 de março de 2023 - 14h43

(crédito: reprodução)

O SXSW EDU começou no dia 06 de março e, como era de se esperar, o assunto do momento é como a Inteligência Artificial já está revolucionando nossa sociedade e especialmente a educação.

Em tempos de ChapGPT, onde uma imensa quantidade de dados pode ser resumida em segundos, quatro especialistas dialogaram no painel “Developing & Assessing Creative Skills with AI” e trouxeram uma visão positiva sobre o assunto. Segundo eles, se fizermos as perguntas certas, podemos usar as informações sistematizadas pela inteligência artificial e agregar camadas de ideias para aumentar o contexto de aprendizagem. O tempo gasto para pesquisa, deverá ser utilizado para a resolução de soluções, ou seja, para ampliar nossa capacidade cognitiva e criativa.

Entretanto, para isso tudo acontecer há uma competência essencial: pensamento crítico. Precisamos ser críticos com os dados apresentados pela ferramenta e críticos para incluir pessoas e comunidades que não tem acesso à tecnologia de ponta.

Segundo @Chris Purifoy , CEO and Co-founder of Learning Economy, estamos só começando. A Inteligência Artificial será tão disruptiva para esta geração, quanto o computador e a internet foram para as gerações passadas. “Vamos fazer as tarefas de forma mais fácil e divertida. Vamos ensinar as crianças a ter superpoderes com as super skills” diz o entusiasmado Purifoy..

Em outra sessão “Always on, learning in the age of AI & Technology”, outros 3 especialistas, entre eles Paul Kim, CTO da Stanford University, concordaram que AI é uma superpoderosa e eficiente ferramenta para educação. O desafio está em como usar essa potência na sala de aula. Entre os exercícios recomendados por Kim, ele sugeriu que primeiro façam perguntas relevantes e específicas (perguntas nível 5) para o ChatGPT e após receberem as respostas, os alunos devem complementar com o que está faltando, adicionando ideias e argumentos que ajudem a ferramenta a melhorar suas habilidades. Desta forma, segundo Kim, nós humanos teremos uma meta inteligência.

Em outra sessão sobre “Digital Equity & AI in Education” Beth Havinga, Diretora Geral do EdSafe AI Alliance, foi bem mais crítica e apresentou uma perspectiva mais negativa e assustadora do que está por vir. Segunda ela, precisamos ser proativos na ferramenta e inserir dados e fatos verdadeiros. Além das fake news, há um risco enorme de apagar fatos históricos como Holocuasto. Havinga tem trabalhado em vários países do mundo, procurando melhores práticas para encontrar uma forma de regular estas novas tecnologias. “Mais do que confiar nas ferramentas precisamos confiar nos professores” diz Havinga.

Rose Luckin, professora do Learner Centered Design na UCL Lab in London, com voz doce e pausadamente acalma a alma das salas lotadas de educadores: “Somos melhores que AI, nós conseguimos sentir, nós somos empáticos, nós somos mais criativos”.

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