Como o modelo híbrido ajuda empresas a unirem tecnologia e pessoas

20 de janeiro de 2023 - 8h38

(Crédito: John Schnobrich/Unsplash)

Sabemos que, cada vez mais, os novos negócios estão aderindo ao uso da tecnologia. Neste caso, a implementação de Inteligência Artificial (IA) é um exemplo de como os empreendedores utilizam a ferramenta no dia a dia. De acordo com uma pesquisa global, divulgada no ano passado pela IBM – empresa de tecnologia da informação –, 41% das empresas brasileiras utilizam alguma forma de IA no seu cotidiano.

Com os sistemas sendo automatizados e realizados por máquinas, uma das consequências que percebemos diante disso é a perda da humanização durante o desenvolvimento dos projetos da companhia. Isso porque o “robô” não consegue ter um olhar empático nas operações e, por este motivo, o mercado vem optando por um modelo híbrido, que consiste na união da tecnologia com as pessoas. 

Na prática, a máquina realiza todos os processos e as pessoas ficam responsáveis pela curadoria, permitindo um trabalho em conjunto com resultados positivos – e, claro, obtendo assertividade na entrega e agilidade na operação, por exemplo. Atualmente, neste mercado, contamos com diversos exemplos de startups que utilizam o modelo híbrido e fazem a conexão dos clientes com as marcas. Um bom exemplo disso é a própria Creators LLC, startup que realiza o match perfeito entre creators e marcas por meio de tecnologia e curadoria especializada. 

Ao fundarmos a Creators, tínhamos como objetivo conectar talentos da economia criativa com empresas de forma “plug and play”. Isso porque entendemos que a importância dos algoritmos residia em desburocratizar processos e oferecer uma maior segurança nas relações online. Porém, as conexões sempre serão feitas entre pessoas e, quando falamos especialmente sobre trabalhos intelectuais e menos operacionais, a camada de subjetividade é grande. 

Ouso dizer que o método híbrido, neste caso, gera melhores resultados para as campanhas dos clientes e faz com que os criadores de conteúdo sintam o processo humanizado e sejam vistos como pessoas (e não como apenas números) – como é feito, em geral, por plataformas do setor. Com isso, a IA auxilia em todo o procedimento para que, de fato, esse resultado seja alcançado. Porém, ela nunca desenvolverá seu trabalho sozinha e sempre contará com a expertise ética e social de uma pessoa especializada, que leva em consideração pautas urgentes, como formar um squad diverso de influenciadores. 

Além da agilidade no processo, no modelo híbrido podemos observar uma facilidade no que diz respeito à burocracia, como é o caso de questões contratuais, homologação, pagamentos integrados e automatizados. Além disso, o acesso a dados e a geração de insights ajudam clientes e empresas a melhorarem suas estratégias. 

Sem dúvidas, o aperfeiçoamento híbrido da tecnologia deve ser a grande aposta para as estratégias de negócios, principalmente para as mais inovadoras. Isso porque as empresas que aderem ao método estarão à frente da concorrência pelo simples fato de estarem trabalhando de forma híbrida. A tecnologia evoluiu até este ponto não para ignorarmos a natureza humana, mas para ser aperfeiçoada por ela. 

É claro que, diante deste cenário, cada caso deve ser observado com cuidado. Mas, é inegável que a tecnologia é uma aliada e facilitadora dos processos envolvendo o cotidiano das empresas. Sabemos que os algoritmos contribuem com sua assertividade e rapidez de cálculo, assim como os humanos auxiliam com um olhar ético e social para as decisões que impactam positivamente a sociedade. 

Essas conexões mostram o verdadeiro potencial do “match”, que basicamente envolve o alinhamento de valores de determinada marca com as paixões e conhecimentos dos criadores de conteúdo. Consumimos diversas informações ao longo do dia por meio dos nossos computadores e celulares, mas levamos somente as mensagens que nos tocam e nos comovem para além dessas telas.