Que as mulheres possam ser “felizes, alegres e fortes”
Pelo direito de sermos quem nossas essências querem ser, nos levantarmos e seguirmos em frente em busca dos nossos ideais
Que as mulheres possam ser “felizes, alegres e fortes”
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7 de março de 2023 - 19h15
Mulheres livres, sem rótulos, sem imposições, conscientes, presentes, vivendo o hoje.
Ela quer dançar e ouvir as músicas que a fazem bem, se hoje escuta De La Soul, amanhã escuta Anitta e vai até o chão, isso não define a idade a qual a mulher deve se apresentar diante da sociedade.
A cada dia se fala sobre etarismo ou melhor:” você não tem idade para isso ou para aquilo”; “coloque-se no seu lugar”; “essa roupa não está adequada para uma mulher da sua idade!”; “ainda estudando, já não está na hora de se aposentar não?!” Preconceitos sobre a idade da mulher que amadurece.
Nada disso pode parar uma mulher que ainda quer ser atleta, que quer correr livre por aí, sentir-se viva buscando novos conhecimentos e vivendo novos amores, indo em busca daqueles sonhos que ficaram lá atrás.
A mulher que está aberta ao que o mundo oferece e ao que tem de novo não está preocupada com os padrões impostos pelos outros.
A sociedade vem tentando rotular as mulheres e limitar seus impulsos e desejos desde sempre. Outro dia ouvi de uma senhora que na sua juventude era preciso comunicar a empresa onde trabalhava que ela ia se casar, pois dali em diante sua vida já não seria mais a mesma, ela estaria fadada a perder o emprego e cuidar da família. A empresa não ia querer que ela seguisse ocupando o cargo, já que poderia engravidar e faltar por conta da criança, ela já não seria mais uma pessoa disponível e apta ao trabalho fora de casa, e nem a seguir em busca dos seus sonhos e realizações, além da família. E isso porque ela tinha cerca de 30 anos, idade que naquela época também já não era de bom tom uma mulher sozinha e sem família.
Quantos julgamentos a mulher vem enfrentando!
Hoje, se a mulher escolhe o caminho do desenvolvimento profissional e adia os planos para ter uma família, focando em si mesma, segue sendo julgada por não seguir os padrões da “sagrada família”. Em pleno 2023 ainda é dessa forma que somos vistas.
O modo como algumas mulheres têm escolhido envelhecer incomoda muito, se ela faz muitos tratamentos estéticos é julgada, se não faz, também é criticada. Vimos há pouco tempo acontecer isso com a rainha do Pop Madonna, com Xuxa, com Kate Middleton, que prefere uma pele mais natural. Milhares de usuários das redes sociais não perdoam as mulheres que fazem as suas próprias escolhas, que não seguem o padrão.
Eu pergunto: quando é que as mulheres terão o direito de serem quem suas almas desejam ser, sem que alguém aponte um dedo? Quando terão o direito de escolherem seus próprios caminhos, mesmo com a idade avançando. A idade não pode definir regras para uma mulher em plena consciência e saúde para fazer suas escolhas. Nascemos e todo o cuidado em cima de uma menina é pouco, e os anos se passam e tudo continua da mesma forma, como se não tivéssemos capacidade de tomar as rédeas de nossas vidas.
Viver em caixinhas já não cabe mais para quem deseja caminhos diversos. Essa limitação não existe para mulheres como Claudia Raia, Solange Couto, que se tornaram mães acima dos 50 e foram extremamente julgadas por isso. São mulheres incríveis, talentosas, e acreditaram que era possível ser mãe quando todos dizem que esse papel não cabe mais à mulher, pois um corpo feminino aos 50 anos não pode produzir mais nada.
Glória Maria, um ícone do jornalismo, da TV brasileira, reconhecida internacionalmente, foi uma mulher à frente do seu tempo, corajosa, determinada, viveu plenamente, enfrentou diversas barreiras como o racismo e machismo, mas soube fazer suas escolhas e teve duas filhas no seu tempo. Viveu sem permitir que a sociedade a controlasse limitando a sua jornada; teve alegrias, dores, erros e acertos. Como ela mesma disse, não era fácil, mas o preço da liberdade de suas escolhas foi válido demais. Ela seguiu os conselhos de sua avó que dizia: “você tem que ser livre, tem que buscar sua liberdade da alma”.
E eu fico por aqui desejando que sejamos todas um pouco mais Glória Maria, livres, leves e com liberdade na alma. E quando a idade chegar, que a música “Feliz, Alegre e Forte”, de Marisa Monte esteja sempre conosco, em nossas mentes, em nossas almas.
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