Relatório destaca jogos queer como nova oportunidade para marcas
Agência 3 apresenta primeira edição de relatório sobre “Jogos Queer e Decoloniais”
Relatório destaca jogos queer como nova oportunidade para marcas
BuscarAgência 3 apresenta primeira edição de relatório sobre “Jogos Queer e Decoloniais”
Lidia Capitani
13 de fevereiro de 2023 - 14h52
A primeira edição do relatório Jaé, da Agência 3, traz o tema “Jogos Queer e Decoloniais” para retratar como a indústria dos games se tornou mais democrática, possibilitando o surgimentos de jogos pautados na diversidade. Os criadores desses games resgatam aspectos sociais e culturais para retratar minorias oprimidas.
O novo projeto da agência reúne insights e dados num relatório mensal que busca ajudar as marcas a identificar oportunidades no mercado. O “Jaé” traz um tema a cada edição analisado sob três perspectivas: ciência, dos especialistas do assunto; os insiders, que vivem o tema; e os comunicólogos da agência.
A proposta do relatório é apresentar um mercado emergente de jogos alternativos e independentes. Esses games retratam o contexto de desigualdade, injustiças e identidades de grupos minoritários como a população negra, mulheres e a comunidade LGBTQIAP+.
Com a popularização dos smartphones e a criação de plataformas democráticas para a criação de jogos, esses grupos se mobilizaram para desenvolver jogos pautados nos pensamentos decoloniais e queer. Em síntese, são games com narrativas e estratégias diferentes dos principais players e temas hegemônicos, com especial preocupação com a representatividade. Por meio de plataformas como a Twitch e o YouTube, essas comunidades também criam espaços de interação onde esses gamers se encontram.
Dados do relatório mostram que o smartphone é a principal plataforma entre jogadores de grupos minoritários, como mulheres e negros. “Segundo o DataFavela, 98% da população das favelas usa o celular como principal forma de acesso aos jogos”, destaca o estudo.
Além disso, as mulheres também se tornaram maioria entre os gamers no Brasil, e 60% delas usam o smartphone como plataforma principal para jogos. “Os jogos Queer e Decoloniais estão amarrados a partir da apresentação de personagens e traços profundos, buscando gerar reflexões aos jogadores e fortalecimento das ‘minorias’”.
A pesquisa demonstra como as marcas podem aproveitar este mercado para ações de comunicação direta com esses grupos. Num contexto em que a diversidade, inclusão e o ESG estão no centro das discussões, os jogos queer e decoloniais são uma nova oportunidade de negócio.
Nesses espaços, as marcas podem criar novas conexões com esses públicos, e também são um modo de reforçar o compromisso das empresas com essas pautas. “Essas ferramentas [de criação acessível de jogos] também oferecem uma oportunidade para as empresas: atuar como facilitadoras do protagonismo desses grupos ‘minoritários’, seja organizando treinamentos que os capacitem, seja atuando como patrocinadoras dos seus projetos”, destaca o relatório.
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