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IAB inclui buscadores na publicidade digital

Com faturamento total de R$ 3,040 bilhões, mídia online passa o meio revista e torna-se a terceira no share publicitário brasileiro


26 de julho de 2011 - 2h31

Pela primeira vez no Brasil, os buscadores integram a pesquisa do faturamento publicitário digital. O Internet Advertising Bureau (IAB) divulgou nesta terça-feira, 26, que somente os buscadores Google, Yahoo, Bing (Microsoft), Buscapé e Ask.com (que representam 95% do mercado total de serviços de busca) foram responsáveis por 50% do mercado publicitário dos meios digitais. Com a adição dos buscadores, o share passa a ser de 10%, o que eleva o meio online a terceiro no ranking dos meios geradores de receita publicitária, atrás apenas dos jornais e da TV aberta.

Assim, o bolo publicitário digital total é estimado em R$ 3,040 bilhões, sendo que 50% são gerados por displays e 50% pelos buscadores. Se esse número não tivesse sido incluído, a previsão para este ano é que as mídias digitais gerassem R$ 1,520 bilhão, com share de 5,3% sobre o faturamento total.

Segundo o Projeto Inter-Meios, o faturamento publicitário do ano passado foi de R$ 26,216 bilhões. Desse total, a internet foi responsável por 4,64% do share. Conforme o vice-presidente para veículos do IAB, Marcos Swarowsky, a estimativa da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (ABAP) é que o faturamento publicitário chegue a R$ 28,8 bilhões este ano, com expansão de 10% sobre o ano passado. Com esse volume e mais o R$ 1,5 bilhão da publicidade digital gerada apenas pelos buscadores, o faturamento total do Brasil deve chegar a R$ 30,3 bilhões até o final deste ano.

A metodologia usada pelo IAB para chegar ao R$ 1,5 bilhão gerado pelos buscadores, segundo explica o presidente do IAB, Fábio Coelho, é a mesma já adotada pela entidade nos demais países em que atua. Em geral, nos países pesquisados pela entidade, da publicidade online total, com pequenas variações, 50% são gerados por displays e 50% por serviços de busca.

No Brasil, a conta total da publicidade, portanto, une essa metodologia ao número obtido pelo Projeto Inter-Meios para totalizar o bolo publicitário do País. Coelho diz que, com esses dados, fica mais fácil para as agências e anunciantes trabalharem com as verbas publicitárias. “É um novo parâmetro. A mídia digital fica, dessa forma, acima do meio revistas e atrás apenas dos jornais e da TV aberta. E passa a representar cerca de 10% do total. É uma oportunidade para o mercado trabalhar com o dado certo e trata-se de um trabalho conjunto elaborado pelas agências e veículos”, afirma Coelho.

Novos tempos

A inclusão dos buscadores na mídia digital era uma demanda e uma questão de tempo, já que o IAB adota a prática há algum tempo em outros países em que atua. Em fevereiro deste ano, o presidente do IAB, Fábio Coelho, eleito no final do ano passado para o biênio 2010/2011, teve sua presidência contestada ao assumir como diretor geral do Google Brasil. O argumento estava baseado no fato de que, o Google, como associado da IAB, não reportava seus números ao Projeto Inter-Meios como o fazem todos os portais filiados à IAB, segundo a police internacional da matriz. E isso era uma demanda antiga do Projeto Inter-Meios.

A IAB se decidiu pela permanência de Coelho que, quando eleito, garantiu que uma de suas prioridades era criar as bases de entendimento da real relevância do meio digital. No discurso, prometia “gerar um modelo onde as agências possam trazer ainda mais anunciantes”.
 

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