“Jornais, não limitem suas redações”

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“Jornais, não limitem suas redações”

O recado foi dado por Jason Washing, diretor de parcerias estratégicas do Google, no segundo dia de discussões do Inma Brasil


10 de novembro de 2015 - 5h00

As redações continuam sendo o principal ativo dos jornais. A afirmação de Jason Washing, diretor de parcerias estratégicas do Google, soou como um pedido da empresa de tecnologia aos publishers reunidos no segundo dia da Conferência Inma Brasil 2015, realizada pela International News Media Association.

Na visão de Washing, o Google levou tempo para entender as demandas dos jornais e tem buscado se aproximar cada vez mais da indústria. Para ele, as empresas de mídia são responsáveis por oferecer conteúdo diferenciado e qualificado em meio a tanta informação disponível na internet. “Não acredito em morte ou fim de jornais, revistas, até mesmo da homepage, o que enxergo é um mix de formatos de oferta de conteúdo”, disse Washing.

O executivo também falou sobre a polêmica em torno dos bloqueadores de anúncio, "ad blockers". Para Washing, não está comprovado que as pessoas rejeitam os anúncios por não gostarem deles, mas sim por uma questão técnica. “A rejeição aos anúncios está relacionada à qualidade da conexão, se ele atrapalha a navegação, o usuário não gosta. Por isso, a necessidade de melhorar a navegação”

No início de outubro, o Google lançou o projeto Accelerated Mobile Pages (AMP). A iniciativa teve início após a conversa da empresa com veículos e empresas de tecnologias ao redor do mundo. O AMP é um código aberto que tem como objetivo melhorar o desempenho da internet móvel.

O esforço global do New York Times

A conquista de assinaturas internacionais do New York Times foi um dos cases discutidos no evento. Mark Campbell, vice-presidente de consumer marketing do jornal, responsável pela área de assinaturas fora dos Estados Unidos, mostrou como o veículo está colocando em prática sua estratégia de captação de novos leitores. “Nossa estratégia baseou-se em três pliares: fortalecimento da marca global, marketing de relacionamento, parcerias locais e precificação”, contou Campbell.

Do total de 1.041 milhão de assinantes do jornal, cerca de 13% correspondem a assinaturas internacionais, sendo os principais mercados os países anglófonos como Canadá e Inglaterra. “Nossa interlocução com os assinantes fora dos Estados Unidos está muito mais próxima e objetiva. Estamos, aos poucos, entendendo o comportamento desses usuários”, explica Campbell.

Cases latinos

Inovação e adaptação foram os temas do painel que reuniu Isabel Amorim Sicherle, diretora executiva do El País Brasil, Antonio Jiménez Barca, diretor de redação do El Pais Brasil e Martha Ortiz, diretora do jornal centenário El Colombiano e criadora do projeto Ecolab, laboratório de pesquisas do jornal responsável por projetos digitais.

No caso do El Pais, Isabel explica que a estratégia no Brasil ainda está ancorada no modelo de publicidade digital. “Apesar de não cobrarmos pelo conteúdo regional, o El Pais possui um plano agressivo de assinaturas internacionais e a aproximação da marca com os brasileiros foi muito importante”, diz Isabel.

Martha Ortiz mostrou o projeto Ecolab, que tem como objetivo principal desenvolver novos formatos e linguagens de conteúdo de mídia. “Falar de inovação e ruptura é sempre um desafio. No início, muitas pessoas não entendiam e acreditavam nos projetos do Ecolab, mas depois, todas as áreas da empresa quiseram envolver-se”, explica.

Leia também:

– Valor de jornais é debatido no Inma

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