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Comunicação

A volta de Mad Men segundo os publicitarios

À espera da quinta temporada da série, profissionais dizem se o mercado era melhor antes ou agora


23 de março de 2012 - 5h45

A Sterling Cooper Draper Pryce vai voltar à ativa. Após uma pausa forçada de um ano e meio ocasionada por questões contratuais, Mad Men reestreia na TV norte-americana neste domingo, 25. 

O seriado tem como pano de fundo o mercado publicitário dos anos 1960, e personagens como Don Draper, Peggy Olson e Roger Sterling retratam o estereótipo dos profissionais da época. Justamente por isso, tem grande popularidade entre os publicitários.

Enquanto esperam a reestreia na TV brasileira, alguns deles falam ao Meio&Mensagem sobre qual momento é melhor para a publicidade: os anos 1960 da Sterling Cooper, ou o 2012 em que vivem? Confira as opiniões:

"Costumamos olhar para o passado com romantismo, acreditando que a essência da propaganda era outra, tinha mais espaço para a arte… A própria campanha de relançamento da série é nostálgica e faz referência a anúncios antigos. Mas, com certeza, eles também enfrentavam seus problemas e perrengues da época. E tem mais, ainda bem que a gente não precisa usar o figurino de Mad Men. Já pensou vestir terno e gravata com esse calor que faz no Brasil? Se bem que estar todos os dias na Madison Avenue não seria nada mal…"

Resposta em conjunto do diretor de arte Rodrigo Panucci e dos redatores Rodrigo Strozenberg e Alexandre Abrantes, da Publicis Brasil

“O passado sempre parece mais interessante para quem não o viveu. Cada época com suas vantagens e desvantagens. Prefiro viver o presente pensando no futuro do que viver o presente lamentando não ter vivido no passado."

Andre Pedroso, diretor de criação da DM9DDB

“O que melhorou com Mad Men? Nas agências, tem algo que parece ter melhorado muito. É o risco menor de enfizemas pulmonares causados pela exposição ao cigarro. Mas o que acho que melhorou mesmo foi que, com Mad Men as pessoas de fora do mercado estão voltando a achar que publicidade é uma atividade cool. Foi um bom marketing. Infelizmente, na vida real, hoje ainda nos vestimos pior, escrevemos pior, somos menos gatos e poderosos. E, claro, em função disso já não existem tantas groupies de publicitários. Mas vai, Don Draper. Continua aí esse bom trabalho pra gente. Um dia a gente chega lá. Ou melhor, volta a ser assim”.

Fabio Seidl, redator da Ogilvy

“Mad men? Era publicidade?”

Fernand Alphen, Head of Strategy da JWT Brasil

"Cena interna – Restaurante típico da Madison Ave. – Fim do dia.
Dois diretores de criação são entrevistados pelo editor de M&M no balcão do bar:
Editor: As coisas são melhores agora na publicidade ou no tempo de Madmen? Porque?
Bruno D’Angelo: São melhores. Temos mais liberdade, existem os meios digi…
Don Draper: Fags.
BD: Como é?
DD: You heard me. Bartender, hit me. Martini, dirty.
BD: Como ia dizendo, as pessoas tem uma voz. Veja as redes sociais.
DD: Queers. Who wants to know what people think?
BD: De qualquer maneira, isso não muda o fato de que hoje existe mais transparência, as marcas estão mais conscientes e a concorrência é mundial, extrapola o Estados Unidos pós-guerra.
DD: Look, I’ll only say this once, we made you, and that is it. Got light?
BD: Você não pode fumar aqui dentro.
DD: Fag.
Zoom out devagar – camêra sai pela janela – sobe pelo Skyline de NY e fecha no pôs-do-sol".

Bruno D´Angelo, diretor de criação da Adbat/Tesla

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