Com SapientNitro, iThink quer ser a maior do Brasil

Felipe Turlao
16 de janeiro de 2013 - 2h03

 Se tornar a maior agência digital brasileira em faturamento. Esta é a meta de Marcelo Tripoli para a agora SapientNitro iThink, agência que resulta da compra de 81% das ações da agência pela multinacional SapientNitro, terceira maior agência digital do mundo, que assume o controle da empresa.

A aquisição da iThink, adiantada em primeira mão pelo Meio&Mensagem, foi anunciada oficialmente na manhã desta quarta-feira. Os valores não foram revelados.

Após 13 meses de conversas, os dois lados chegaram aos termos do acordo, que prevê, dentre outras resoluções, que a SapientNitro comprará as ações excedentes e se tornará dona de 100% da agência brasileira em uma data ainda não definido. 

Além disso, será levada a cargo a mudança do nome para apenas SapientNitro, dentro de um prazo estimado em seis meses. “Isso ocorrerá quando o mercado assimilar que, mesmo com um novo nome, a nossa essência será mantida”, afirma Tripoli. “Não vejo problemas com o fim do nome iThink, justamente porque o que interessa é que a agência continuará existindo da mesma forma que hoje”, completa.

Tripoli continua como CEO da SapientNitro iThink, mas passa a responder a Preston Bradford, COO global da rede digital. Além disso, ele promove dois executivos da operação local a sócios da agência. Desta forma, os 19% de ações que ainda pertencem aos sócios brasileiros ficarão com o trio que já detinha participação, Tripoli, Luiz Trindade e Tiago Cruvinel, além dos promovidos Patrícia Andrade, vice-presidente de negócios e delivery, e Carlos Borges, diretor de mídia e planejamento. São esses cinco que serão remunerados após a compra do resto das ações pelo parceiro estrangeiro.

Após ouvir propostas de grupos como WPP, Publicis e Havas, Tripoli diz ter fechado com a SapientNitro por conta das similaridades de objetivos e posicionamento. Seu objetivo de se tornar a maior agência digital do Brasil em faturamento direto, e não considerando apenas a compra de mídia, será alimentado por um plano agressivo de prospecções. A primeira meta são os clientes globais da SapientNitro que não são atendidos no Brasil. “Inclusive, a principal razão para abrimos um escritório aqui foi a demanda dos clientes, que nos questionavam sobre isso”, afirma Gaston Legorburu, diretor global de criação da SapientNitro.

Chegada ao Brasil

Ele aproveitou para esclarecer que a SapientNitro jamais operou no Brasil. “Quando a Sapient comprou a Nitro (em julho de 2009), o acordo operacional com a Santa Clara (estabelecido em maio de 2008) deixou automaticamente de existir”, explica Legorburu. Desta forma, não é correto dizer que a SapientNitro está voltando ao País, e sim, chegando. O fim da parceria de Santa Clara foi oficializado pela agência brasileira em abril de 2010, ou seja, nove meses após ela ter sido de fato encerrada.

Veja a reportagem feita pela TV Meio & Mensagem no anúncio oficial da negociação: