Garage reforça diretoria

Felipe Turlao
11 de dezembro de 2012 - 11h37

 A agência digital independente Garage reforça seu corpo diretivo. A empresa passa a ter um núcleo de comando composto pelo fundador e CEO Max Petrucci, o diretor de operações Amauri Fernandes, recém-contratado da ­Ideiasnet, e o diretor de criação Ale Lima, ex-Wunderman.

O trio conta com o auxílio de outros dois diretores responsáveis por áreas específicas: Lúcio Novaes (planejamento) e Patrícia Gerard (atendimento).

As contratações de Fernandes e Lima fazem parte de um movimento para tornar a operação mais robusta e permitir o crescimento de até três vezes nas receitas nos próximos anos.

O plano de Petrucci passa pelo crescimento orgânico nos atuais seis clientes, além da conquista de mais quatro contas. “Queremos um perfil de agência que possa atender poucos clientes de forma horizontal, ou seja, com papel estratégico e alto nível de confiança”, afirma o fundador. “Como empresa, queremos fazer a chamada colagem e não apenas atuar em projetos específicos. Com isso, acredito que podemos ajudar nossos clientes a fazer suas próprias revoluções digitais nos seus negócios nos próximos anos”, completa.

A agência deve fechar 2012 com crescimento de 30% nas receitas, mas acredita que pode fazer ainda melhor. “No mínimo, quero duplicar as receitas nos próximos anos”, aposta.

Em 2012, a empresa assumiu a conta digital das marcas da divisão profissional de L’Oréal (L’Oréal Professionnel­, Redken e Matrix), ampliou sua presença no Grupo Pão de Açúcar, passando a cuidar também da presença digital de Casino e Taeq. Além dos dois anunciantes, a companhia trabalha com Mizuno (Alpargatas), Bayer, Continental e Bauducco.

Adicionalmente aos clientes que pagam por fee mensal, a Garage pretende se destacar por projetos como o Movimento Nova Cara da Terceira Idade, que já tem 45 mil fãs no Facebook e cujo objetivo é promover a mudança do pictograma que representa o idoso por uma imagem mais próxima à realidade dos maiores de 60 anos.

Embora diga que seu foco está em arredondar a operação da agência, Petrucci não descarta a negociação de venda para um grupo internacional. “As conversas, que foram muitas em 2011, ­diminuíram em frequência neste ano. Mas só fecharemos com algum grupo que venha para somar, até porque, o modelo independente também tem suas vantagens”, aponta. Algumas das digitais globais que ainda não estão no Brasil são Organic, LBi, Rossetta e SapientNitro. Esta última chegou a atuar no País, em parceria com a Santa Clara.

Mas alguns fatos fazem o empresário manter o pé atrás em relação à venda. Petrucci teve uma experiência frustrada em 2006, quando a holding Ypy (hoje Grupo ABC) se tornou sócia investidora na Garage. A união durou pouco mais de um ano, até que Petrucci decidiu seguir vida independente por ter “visão de negócio distinta”. Na ocasião, disse que queria ter empresas especializadas como concorrentes e não as áreas digitais das grandes agências. “Não foi bom na época”, recorda.