Argentina Landia abre operação em São Paulo
Produtora associa-se à Movie&Art. Carolina Dantas comanda o escritório na capital paulista
Produtora associa-se à Movie&Art. Carolina Dantas comanda o escritório na capital paulista
Meio & Mensagem
8 de outubro de 2012 - 9h33
A produtora argentina Landia inicia sua operação brasileira em sociedade com a Movie&Art. O escritório, que funciona numa área própria dentro da produtora presidida por Paulo Dantas, será comandado por Carolina Dantas, filha de Paulo, e pelo argentino Sebastian Hall — ambos são produtores executivos. Hall trabalha há sete anos na Landia de Buenos Aires como produtor do sócio e diretor de cena Andy Fogwill. “Nós entramos com nossa expertise de produção no mercado brasileiro e eles com a criação”, explica Carolina.
Os sócios brasileiros projetam que esse fôlego criativo da nova sociedade será responsável por um crescimento de 35% na receita da Movie&Art, que deve faturar R$ 67,5 milhões em 2013. O acordo atende, também, a um interesse da Landia que, há três anos, começou a se movimentar para abrir uma operação no Brasil.
A aproximação com a Movie&Art começou quando a Landia pediu um orçamento de produção; Fogwill, então, conheceu a produtora numa vinda a São Paulo. Em Cannes, neste ano, uma reunião entre os sócios brasileiros e argentinos formalizou a intenção do acordo, o que culminou com a assinatura do contrato há duas semanas.
A Landia São Paulo seguirá o modelo de trabalho da matriz argentina, pelo qual os projetos são dirigidos por dois profissionais. Essa forma de trabalho ajudará a produtora a não pagar a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para trabalhos dirigidos por estrangeiros, que neste ano foi revista e subiu para R$ 200 mil. Obrigatoriamente, haverá um codiretor brasileiro que — somado ao volume de trabalho da Movie&Art e seus quase 40 anos de existência — livrará a produtora de pagar a taxa. “Nossa ideia é poder formar gente nova por aqui e fazer a obrigatoriedade da codireção virar a nosso favor”, afirma Carolina. “Queremos entregar produções mais frescas, com a expertise argentina ao mercado brasileiro, e vamos usar os melhores recursos de cada lado para isso”, complementa Hall.
O modelo de sociedade com parceiros locais aplicado no Brasil se repete na operação espanhola, onde a Landia tem unidades em Barcelona e Madri. As estruturas em Buenos Aires e Los Angeles são inteiramente dos três sócios argentinos, que em breve devem abrir uma unidade no México e outra no Uruguai.
A Landia ganhou notoriedade pelos prêmios conquistados nos últimos anos. Apenas no Festival de Cannes, foram 12 Leões para a produtora, que chegou a ser listada como uma das dez mais premiadas do mundo em 2008 e 2009. Parte desse sucesso se deve à atenção dispensada ao processo criativo. Duas investidas neste sentido merecem destaque. Uma delas é o Instituto Landia, uma estrutura garimpa novos talentos. Os profissionais descobertos pelo instituto atuam como assistentes dos diretores e, com o tempo, são incorporados à equipe. A produtora tem, ainda, um coletivo de arte contemporânea, o Thank You Very Much, que promove trabalhos artísticos — de diretores e não diretores da Landia — numa galeria online. A intenção é que a Landia São Paulo forme talentos locais nos moldes do que é feito na Argentina.
A produtora argentina Landia inicia sua operação brasileira em sociedade com a Movie&Art. O escritório, que funciona numa área própria dentro da produtora presidida por Paulo Dantas, será comandado por Carolina Dantas, filha de Paulo, e pelo argentino Sebastian Hall — ambos são produtores executivos. Hall trabalha há sete anos na Landia de Buenos Aires como produtor do sócio e diretor de cena Andy Fogwill. “Nós entramos com nossa expertise de produção no mercado brasileiro e eles com a criação”, explica Carolina.
Os sócios brasileiros projetam que esse fôlego criativo da nova sociedade será responsável por um crescimento de 35% na receita da Movie&Art, que deve faturar R$ 67,5 milhões em 2013. O acordo atende, também, a um interesse da Landia que, há três anos, começou a se movimentar para abrir uma operação no Brasil.
A aproximação com a Movie&Art começou quando a Landia pediu um orçamento de produção; Fogwill, então, conheceu a produtora numa vinda a São Paulo. Em Cannes, neste ano, uma reunião entre os sócios brasileiros e argentinos formalizou a intenção do acordo, o que culminou com a assinatura do contrato há duas semanas.
A Landia São Paulo seguirá o modelo de trabalho da matriz argentina, pelo qual os projetos são dirigidos por dois profissionais. Essa forma de trabalho ajudará a produtora a não pagar a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para trabalhos dirigidos por estrangeiros, que neste ano foi revista e subiu para R$ 200 mil. Obrigatoriamente, haverá um codiretor brasileiro que — somado ao volume de trabalho da Movie&Art e seus quase 40 anos de existência — livrará a produtora de pagar a taxa. “Nossa ideia é poder formar gente nova por aqui e fazer a obrigatoriedade da codireção virar a nosso favor”, afirma Carolina. “Queremos entregar produções mais frescas, com a expertise argentina ao mercado brasileiro, e vamos usar os melhores recursos de cada lado para isso”, complementa Hall.
O modelo de sociedade com parceiros locais aplicado no Brasil se repete na operação espanhola, onde a Landia tem unidades em Barcelona e Madri. As estruturas em Buenos Aires e Los Angeles são inteiramente dos três sócios argentinos, que em breve devem abrir uma unidade no México e outra no Uruguai.
A Landia ganhou notoriedade pelos prêmios conquistados nos últimos anos. Apenas no Festival de Cannes, foram 12 Leões para a produtora, que chegou a ser listada como uma das dez mais premiadas do mundo em 2008 e 2009. Parte desse sucesso se deve à atenção dispensada ao processo criativo. Duas investidas neste sentido merecem destaque. Uma delas é o Instituto Landia, uma estrutura garimpa novos talentos. Os profissionais descobertos pelo instituto atuam como assistentes dos diretores e, com o tempo, são incorporados à equipe. A produtora tem, ainda, um coletivo de arte contemporânea, o Thank You Very Much, que promove trabalhos artísticos — de diretores e não diretores da Landia — numa galeria online. A intenção é que a Landia São Paulo forme talentos locais nos moldes do que é feito na Argentina.
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