“Não há modelo ideal”
Luiz Fernando Musa, presidente do Grupo Ogilvy Brasil, fala sobre as novas lideranças da área de operações e a necessidade de encontrar novas estruturas
Luiz Fernando Musa, presidente do Grupo Ogilvy Brasil, fala sobre as novas lideranças da área de operações e a necessidade de encontrar novas estruturas
Bárbara Sacchitiello
24 de abril de 2017 - 8h32
Em março, Luiz Fernando Musa assumiu a presidência do Grupo Ogilvy Brasil, passando a ficar responsável por gerir todas as agências da rede no País. A incumbência trouxe, também, a necessidade de repensar o modelo de atuação das agências de publicidade em um mercado abalado por uma crise econômica e também impactado pelas constantes transformações tecnológicas e do próprio comportamento dos consumidores. A primeira medida da tentativa de encontrar caminhos para a manutenção do valor e da atividade criativa das agência pode ser visto a partir de agora.
Com o objetivo de acompanhar as transformações que vem abalando o mercado de comunicação em todo o mundo, a Ogilvy Brasil anuncia uma reformulação. A partir de agora, todas as operações que envolvem as diferentes áreas da agência serão lideradas por uma dupla: Denise Caruso e Daniel Martins, que já faziam parte da casa, passam a ocupar a função de codiretores de operações.
Com perfis e backgrounds complementares (Martins trabalhava na área digital enquanto Denise atuava, por anos, no atendimento da agência) os dois profissionais terão a missão de encurtar as distâncias entre todos os departamentos da Ogilvy e promover um trabalho mais integrado. “A grande discussão pontual de todas as agências é como trabalhar mais rápido, com menos gente e de forma mais integrada, com a inteligência de dados permeando tudo. Ter uma dupla diretoria de operações visa somar as expertises dos dois e facilitar a construção de processos mais fluidos, fazendo com que os trabalhos circulem por todas as áreas de maneira mais ágil”, explica Luiz Fernando Musa.
Redesenhar a estrutura e procurar novas maneiras de realizar trabalhos consistentes é algo que, na opinião de Musa, tornou-se essência para a sobrevivência das agências em um cenário que combina crise econômica com transformações da própria forma de atuação da indústria da comunicação. “Não acredito que exista um modelo ideal, mas sim uma forma que seja adequada à agência naquela semana, mês ou período. É preciso entender que, para o consumidor, não existem paredes e nem departamentos e, por isso, é preciso que as agências ajam e atuem de forma integrada, com menos divisões departamentais e mais integração”, sugere Musa, a quem os codiretores de operações se reportarão diretamente. Nos próximos meses, a agência deve anunciar outras reconfigurações de áreas, segundo o CEO.
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