Nokia é absolvida por “Amor na Balada”
Empresa alega ter praticado marketing viral sem prejuízo aos consumidores e Conar acata defesa
Empresa alega ter praticado marketing viral sem prejuízo aos consumidores e Conar acata defesa
Meio & Mensagem
13 de setembro de 2012 - 18h13
A polêmica do “Amor na Balada”, na qual a Nokia se envolveu em julho, chegou ao fim. Ao menos no Conar. Em reunião realizada na manhã desta quinta-feira, 13, o órgão acatou os argumentos da defesa da marca e arquivou, por unanimidade, a investigação iniciada após denúncia de consumidores.
A ação consistiu na divulgação de um vídeo supostamente amador de um rapaz que procurava uma moça que conhecera na noite anterior – mas cujo telefone havia perdido. Ele pede, então, que os internautas o ajudem a encontrá-la. De cara, a ação despertou desconfiança de profissionais ligados à área. Dias depois, a Nokia veio a público assumir a autoria da ação e anunciar o lançamento de um novo modelo. A estratégia foi duramente criticada (leia mais aqui e aqui) e, num debate promovido por Meio&Mensagem, poucos se colocaram a favor da empresa (leia mais aqui).
Em sua defesa, a Nokia afirmou que, sim, fez uso de marketing viral. E que os filmes veiculados sem identificação devem ser entendidos como teasers dessa ação adaptados à linguagem própria da internet e dos virais. Em seguida, considera sua estratégia adequada e que, por não ter causado incômodo ou prejuízo aos consumidores e, consequentemente, não ferir qualquer norma do Conar, não deveria ser punida. O relator do caso concordou com a defesa e, por unanimidade de votos, o caso foi arquivado. Resta saber se o Procon, que também afirmou que processaria a Nokia, tomará decisão semelhante.
Carrossel e Itaú
Na mesma reunião, outros nove processos foram julgados. Um deles envolvia uma ação de merchandising da Cacau Show, de chocolates, na novela infantil Carrossel, do SBT. Como o uso deste tipo de estratégia em programas infantis não é aconselhado pelo órgão, o Conar optou pela sutação – também por unanimidade – da ação.
Em decisão contrária, o Itaú foi absolvido em investigação a respeito do comercial “Vamos jogar bola” (assista abaixo). O filme foi objeto de reclamação de vários consumidores, que viram comportamento perigoso para as crianças nas cenas em que elas aparecem jogando bola na rua. Além disso, eles se incomodaram pela associação entre jogar futebol e a mudança da realidade social de uma pessoa, em detrimento da educação. Havia, ainda, uma terceira crítica: o filme não espelharia a realidade das crianças de rua do Rio de Janeiro. Nenhum dos três pontos foi considerado motivo de punição pelo órgão.
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